Valores sanguíneos de leptina, glicose, insulina e proteínas glicadas e de fase aguda, em equinos com sobrepeso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Girardi, Fabricia Modolo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11531
Resumo: A obesidade é vista como um problema de saúde mundial, considerada uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde, que estima que haja no mundo mais de um bilhão de humanos adultos com sobrepeso, e cerca de 266 milhões de homens e 375 milhões de mulheres com quadros de obesidade. Acompanhando essa tendência, a obesidade vem se tornando frequente também entre os equinos, sendo que, em países desenvolvidos a obesidade atinge em torno de 19 a 45% dos cavalos com sobrepeso. Devido à escassez de estudos sobre a influência da sobrepeso em parâmetros bioquímicos (glicêmicos e inflamatórios) em equinos no Brasil, o objetivo deste trabalho foi realizar uma avaliação de constituintes do metabolismo glicêmico (glicose, HbA1C, frutosamina e insulina) e inflamatórios (leptina e proteínas de fase aguda), buscando verificar uma possível associação entre sobrepeso e alterações das variáveis estudadas. Foram utilizados 18 animais, de ambos os sexos, da raça Mangalarga Machador, com idade entre 5 e 15 anos, peso corporal médio de 400 Kg, em que foram avaliados previamente por meio de exame físico, hemograma e perfil bioquímico de função renal e hepática com o objetivo de atestar a sanidade geral dos animais. Também foi realizado anamnese para a verificação de história pregressa de cólica, claudicação e/ou laminite, nos quais foram utilizados como critérios de exclusão dos animais. Os animais foram pesados e avaliados quanto ao escore de condição corporal e adiposidade regional por meio da circunferência do pescoço. Os 18 animais foram distribuídos em dois grupos: 9 no grupo C (controle) composto por animais dentro do peso normal e com escore de condição corporal ≤ 5 (cinco); 9 no grupo O (sobrepeso) formado por animais com escore de condição corporal ≥ 6 (seis). Após realizados todos os procedimentos, foram observadas diferenças estatísticas significativas para a avaliação ultrassonográfica da base da cauda, abdômen ventral e circunferência do pescoço entre o grupo de animais normais (Grupo C) e o grupo com sobrepeso (Grupo O). Em relação às análises bioquímicas, foram observadas diferenças estatísticas significativas para as avaliações das concentrações de frutosamina, HbA1c e leptina entre os grupos; dentre as proteínas de fase aguda, foram observadas diferenças estatísticas significativas nas concentrações séricas de ceruloplasmina, α1-antitripsina e haptoglobina. As proteínas de fase aguda IgA, transferrina, albumina, IgG, glicoproteína ácida e proteína C reativa não apresentaram diferenças estatísticas entre os grupos. Sendo assim, podemos concluir que a leptina plasmática é um bom indicador em equinos que apresentam sobrepeso, além disso, frutosamina e HbA1c, fornecem dados mais precisos quanto à variação glicêmica pregressa no momento da coleta e, portanto, refletem de forma melhor o histórico do metabolismo energético dos animais. O aumento nas concentrações séricas de ceruloplasmina, haptoglobina e α1-antitripsina nos animais com sobrepeso sugerem que adipocinas pró inflamatórias em adipócitos possam atuar induzindo à liberação das mesmas, uma vez excluídas outras possíveis causas inflamatórias.