Fatores de risco para mortalidade e sobrevida de pacientes hospitalizados com síndrome respiratória aguda grave por Covid-19 no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lopes, Cristhina Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31968
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.401
Resumo: Introdução: a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pela COVID-19 pode ser letal e o conhecimento de sua morbimortalidade requer estudos para embasar o desenvolvimento de políticas públicas. Objetivo: identificar fatores de risco para mortalidade e sobrevida de pacientes hospitalizados com SRAG por Covid-19 no Brasil. Metodologia: coorte retrospectiva de 598.124 adultos brasileiros, idade de 20 a 59 anos, hospitalizados por SRAG pela Covid-19 com diagnóstico por critério laboratorial, registrados no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe nos anos de 2020 e 2021. Foi considerado como desfecho o óbito. Investigaram-se os fatores de risco para mortalidade e sobrevida, em função do tempo desde o início dos sintomas até a evolução do caso (óbito/recuperação) ou término da pesquisa. As variáveis explicativas foram sociodemográficas, clínicas e evolutivas. Analisaram-se frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e variabilidade. Utilizou-se o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, a regressão bivariada e multivariada de Poisson com cálculo do Risco Relativo e seus intervalos de confiança de 95% (IC95%). Para a análise de sobrevida utilizou-se a função de Kaplan-Meier e regressão de Cox com estimativas das Hazard Ratio e seus respectivos IC95%, sendo significante p<0,05. Resultados: analisaram-se os dados referentes a 598.124 adultos. A idade mediana foi 46 anos, com 6 dias medianos de hospitalização. Dentre os hospitalizados 58% eram homens, 51,6% brancos, 47% pretos/pardos, 96% moradores da zona urbana e 80,4% pertencentes a macrorregião Centro-Sul. A SRAG-crítica e as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) afetaram 76,8% e 73,1%, respectivamente. Os óbitos ocorreram em 20,7% dos homens, 23,5% dos pretos/pardos, 20,1% dos indígenas/amarelos, 25,2% dos habitantes da zona rural, 26,7% dos residentes no Norte/Nordeste, 25,2% dos casos de SRAG-crítica e 27,1% dos casos de DCNT. Identificou-se os seguintes riscos de óbitos: 11% maior nos pretos/pardos, 10% maior nos indígenas/amarelos, 22% maior nos moradores de zona rural, 30% maior nos habitantes da região Norte/Nordeste, 8% maior nos portadores de DCNT e 3 vezes maior na SRAG-crítica. A partir dos resultados e considerando-se a relevante prevalência das DCNT, construiu-se uma cartilha sobre a prática da alimentação saudável, a ser divulgada para a população pela internet e nas unidades de saúde do município. Conclusões: a coorte analisou a sobrevivência e fatores preditores de óbito em adultos hospitalizados por SRAG pela COVID-19 no Brasil, nos dois primeiros anos de pandemia. Conhecer os preditores para os óbitos auxilia o desenvolvimento de ações de saúde pública para prevenção e combate à Covid-19 no país. Ademais, a cartilha produzida pretende contribuir positivamente para melhorias de saúde da população ao se considerar que os indivíduos portadores de DCNT estão vulneráveis a complicações da Covid-19, e que uma alimentação adequada e equilibrada auxilia na prevenção dessas doenças e contribui para o fortalecimento do sistema imunológico. Descritores: Sobrevida. COVID-19. Síndrome Respiratória Aguda Grave. Mortalidade.