Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Franciele Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27998
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Resumo: |
A deficiência hídrica afeta diferentes culturas levando a perdas de produtividade em todo o mundo. Perdas expressivas foram observadas no Brasil, particularmente em 2014, em áreas ocupadas por plantios de eucalipto em função da limitação hídrica, ocasionando quedas significativas de produtividade. Em razão desses efeitos, estudos foram conduzidos para compreender os mecanismos expressados por eucalipto para tolerar à seca, tendo em vista que existem plantas que apresentam respostas diferentes ao estresse (plantas tolerantes, intermediárias e sensíveis). Nesse contexto, o presente trabalho buscou investigar os impactos morfológicos e metabólicos em clones de eucalipto com diferentes níveis de tolerância à seca, a fim de se avaliar as estratégias adotadas por tais materiais e identificar possíveis bioindicadores de tolerância à seca. Três experimentos foram realizados para prospectar bioindicadores (capítulo 1 e 2) e validá-los em campo (capítulo 3). No primeiro capítulo, 12 clones de eucalipto com diferentes níveis de tolerância à seca (tolerantes e sensíveis) foram analisados em resposta a dois regimes hídricos: a) solo com umidade próxima à 100% da capacidade de campo (CC-controle) e b) solo com umidade próxima a 65% da capacidade de campo (SM-seca moderada). Sob condição de SM, a biomassa da parte aérea foi reduzida na maioria dos clones, ao passo que avaliações termográficas mostraram que determinados clones de eucalipto tolerantes à seca apresentam temperatura foliar semelhante a plantas controle (plantas irrigadas). Na maioria dos clones, observou-se que aminoácidos solúveis totais, proteínas solúveis totais, glicose e frutose sofreram incrementos em resposta à SM. Ademais, clones tolerantes foram os únicos a apresentar estômatos nas duas faces (anfiestomáticos). A anatomia das folhas e do pecíolo permitiu diferenciar clones mais e menos tolerantes ao déficit hídrico. No capítulo 2, foram utilizados clones que se destacaram nas avaliações do capítulo 1 para validar o que foi encontrado no experimento anterior e identificar outros possíveis bioindicadores de tolerância à seca em eucalipto. Para isso, utilizaram-se cinco clones de eucalipto com diferentes níveis de tolerância à seca (tolerantes e sensíveis) em blocos casualizados, num esquema fatorial 5x2 (5 clones de eucalipto e 2 regimes hídricos- controle [solo mantido com umidade próxima à 100% da capacidade de campo (CC-controle)] e solo com umidade próxima à 70% da capacidade de campo (SM-seca moderada). Após um período de 120 dias sob esses dois tratamentos, as plantas submetidas a SM foram expostas a seca severa (SS) (potencial hídrico próximo a -3Mpa) e em seguida reidratada – RI. Foi possível observar que os clones avaliados apresentaram reduções nas trocas gasosas sob a condição SM, entretanto, recuperaram a valores similares ao controle após reidratação. A avaliação termográfica pode ser uma importante ferramenta para auxiliar na discriminação dos genótipos. Acúmulos de aminoácidos livre totais e açúcares foram também observados em plantas submetidas ao déficit hídrico (SS). A área foliar específica, densidade estomática, espessura dos tecidos e diâmetro dos vasos do xilema são alterados em plantas sob seca. Uma vez selecionados os bioindicadores em casa de vegetação nos capítulos 1 e 2, o capítulo 3 teve como objetivo validá-los em campo. Para isso, utilizaram-se 28 progênies oriundas de cruzamentos de clones considerados tolerantes e produtivos cultivados em local que apresenta baixa precipitação anual e que passam por longos períodos de estiagem (Buritizeiro-MG). As coletas de folhas foram realizadas após 6 e 18 meses de plantio no campo e determinou-se variáveis morfológicas (área foliar específica, área foliar individual, comprimento e largura foliar) e status hídrico (potencial hídrico foliar ao meio-dia e na antemanhã). O delineamento experimental utilizado foi o single tree plot e cinco repetições. Em síntese, observou-se a expressão de diferentes mecanismos de tolerância à seca, no que se refere à ajustes foliares. Valores de características mensuradas em diferentes épocas mostraram correlação significativa entre si, indicando persistência ao longo do período de avaliações e possível potencial como bioindicadores de tolerância. Tal fato reforçaria a utilização de bioindicadores de tolerância à seca como uma estratégia para seleção de materiais de eucalipto em programas de melhoramento genético florestal. Palavras-chave: Anatomia. Bioindicadores. Déficit hídrico. Metabolismo. Morfologia. Seleção precoce. |