Decifrando a importância de aspectos morfofisiológicos na tolerância à seca em progênies de eucalipto em área de restrição hídrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cursi, Andressa Gazolla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Meteorologia Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/33518
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.494
Resumo: Para um pleno desenvolvimento dos plantios comerciais de eucalipto, torna-se essencial a seleção de clones com características tolerantes à seca, principalmente, em áreas de baixa precipitação e com períodos secos definidos. Não obstante, mudanças climáticas, principalmente relacionadas a aumentos na temperatura, podem favorecer a aumentos no déficit hídrico e prejudicar, em última instancia, o desenvolvimento vegetal. Condições edafoclimáticas adversas e prolongadas induzem a mudanças fisiológicas, bioquímicas e morfológicas nas plantas como forma de resistência. Neste contexto, a identificação de indicadores relacionados às variáveis climáticas permite a seleção de clones com características de tolerância à seca. O experimento iniciou-se em março de 2019, utilizando-se 27 famílias de progênies de eucalipto oriundas de cruzamento de plantas com características previamente selecionadas associadas à tolerância a seca, onde foram implantadas em uma fazenda da empresa Minas Ligas, situada na região de Buritizeiro-Minas Gerais. A região é caracterizada por alta deficiência hídrica e as coletas foram realizadas após 6, 18 e 30 meses ao plantio, ao final dos ciclos de seca. Dados meteorológicos foram obtidos pelo site do INMET para possibilitar a seleção precoce de clones de Eucaliptos mais aptos a tolerar eventos recorrentes de seca. A avaliação climatológica da área evidenciou um período seco característico entre abril e setembro nos três anos. Foram analisados área foliar específica (AFE) obtida através da área foliar sobre a massa seca da amostra de folhas [área foliar (cm 2) / massa seca (g)], área foliar (AF) (superfície total das folhas), comprimento (C), largura (L) e potencial hídrico foliar (Ψw) (medida de energia livre da água a qual representa a capacidade da mesma de realizar trabalho) submetidas ao teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade para comparação de médias. Clones e progênies como GG2673, VM1, GG1923, GG1980, GG3389XGG4302, GG918XVS62, AEC2034xLR831, I3000XVM1, VM4XCAM e VM1xVM4 exibiram ajustes fisiológicos e apresentaram maiores valores de incremento médio anual (Imavol), sendo, portanto, materiais genéticos com potencial tolerância à seca. Os parâmetros AFE, AF e Ψw revelaram-se como bons bioindicadores de tolerância à seca. Palavras-chave: tolerância à seca, eucaliptos, estresse hídrico.