Ocorrência de poliginia, agressividade e secreção química liberada pelo gáster em Pachycondyla striata, Smith (Formicidae: Ponerinae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rodrigues, Moreno Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biologia e Manejo animal
Mestrado em Biologia Animal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2226
Resumo: No município de Viçosa, MG, populações da espécie de formiga Pachycondyla striata aparentam ser poligínicas na fase de fundação das colônias, apesar de estudos na literatura com colônias maduras da espécie indicar a monoginia. O número de rainhas de uma colônia influencia aspectos como ciclo de vida e a estrutura genética da população. Variações em relação a esta característica ocorrem em grande escala e de forma bastante diversificada. Outro aspecto que sofre variação é a forma de defesa utilizada pelas formigas. A espécie P. striata parece utilizar uma variação no que diz respeito aos mecanismos típicos de defesa da colônia; a espécie libera, pelo gáster, uma substância em forma de espuma. Os objetivos deste trabalho foram estudar o comportamento reprodutivo e o mecanismo de defesa mediado por secreção química em P. striata. Para a realização dos estudos foram coletadas 14 colônias de P. striata no município de Viçosa, MG. Nessas colônias foram estudados os comportamentos de operáiras, rainhas e aladas. Os mecanismos de ataque utilizados frente a uma presa, larvas de Tenebrio molitor, e os mecanismos de defesa frente a um competidor/predador, operárias de Pachycondyla marginata e operárias de P. striata homocolonias e heterocoloniais foram investigados Os resultados obtidos mostram que na fase de fundação as colônias de P. striata podem conter várias rainhas fecundadas e férteis, o que caracteriza um estado de poliginia. Ainda P. striata pode apresentar colônias polidômicas, uma vez que foi observado um baixo nível de agressividade entre pares de operárias de diferentes colônias separadas por distância inferior a 1m. Não foi observada diferença significativa entre o número de vezes que operárias de P. striata exibiam comportamentos agressivos, como mordida e ferroada (defesa mecânica), frente aos grupos testados, embora os comportamentos agressivos fossem mais freqüentes nos testes realizados com operárias heterocolonias de P. striata e operárias de P. marginata. Contra os grupos considerados como competidores/predadores, além dos mecanismos clássicos de defesa, as operárias de P. striata utilizaram igualmente uma secreção liberada pelo gáster na forma de espuma.