Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Janiele Pereira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-06022018-104130/
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Resumo: |
As formigas se adaptam as diferentes situações que encontram no seu ambiente em parte por apresentarem flexibilidade comportamental. Um exemplo é o uso de mais de uma estratégia durante a exploração de um recurso alimentar. No caso da Ponerinae Pachycondyla striata, as formigas podem forragear solitariamente ou fazer recrutamento por tandem running. Apesar desta espécie estar presente em diversas áreas verdes em ambiente urbano, pouco se sabe sobre o seu comportamento durante o forrageamento nessas áreas. Por isso, o objetivo deste trabalho foi analisar as estratégias de forrageamento e os comportamentos de P. striata em ambiente urbano. O estudo foi realizado em um jardim da Cidade Universitária (USP, campus Butantã). No local foram observadas 96 formigas de 12 colônias. Como iscas alimentares foram usadas proteína (atum) e carboidrato (maçã com mel) em duas quantidades (3g e 7g) e em duas distâncias do ninho (0,5 m e 4,0 m). Durante 90 minutos foram registrados: as estratégias de forrageamento; os comportamentos das forrageadoras; as interações com espécies competidoras; o tempo de trajeto entre o ninho e a isca. Verificou-se que o forrageamento solitário foi a principal estratégia, sendo utilizada por todas as forrageadoras e que a atividade solitária aumentava quando o alimento próximo ao ninho era proteína. O recrutamento foi realizado por 81% das forrageadoras, mas as formigas perderam o contato em 27% dos recrutamentos. As chances de uma forrageadora recrutar eram maiores em três situações: quando o alimento era proteína; estava perto do ninho; e a umidade do ar era alta (70% UR). Cerca de 72% das forrageadoras tiveram competição nas iscas, sendo a competição interespecífica mais frequente que a intraespecífica. Durante as interações com as competidoras, as forrageadoras apresentaram, principalmente, comportamento agressivo. Quanto ao tempo de trajeto, o forrageamento solitário era percorrido em menos tempo que o recrutamento, independente da distância. Por fim, verificou-se uma correlação negativa entre a ordem das viagens e o tempo do trajeto em ambas as distâncias e estratégias de forrageamento. Conclui-se que os dados coletados neste trabalho reforçam a prevalência do forrageamento solitário como principal estratégia da espécie e também trazem novas informações, como a tomada de decisão baseada no tipo do alimento, a variação na atividade de forrageamento devido a fatores abióticos, as interações competitivas no ambiente urbano e o aprendizado individual e social entre as forrageadoras |