Componentes químicos e atividade biológica do Veneno de Pachycondyla striata F. Smith (Formicidae: Ponerinae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Pollyanna Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Doutorado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/932
Resumo: O veneno produzido por formigas é um recurso rico em moléculas bioativas com importância farmacológica. O reservatório da glândula de veneno de Pachycondyla striata foi analisado quimicamente usando técnicas de eletroforese bidimensional, HPLC e GC, seguido de análises de espectrometria de massas do tipo Maldi-TOF-TOF e ESI-TOF-TOF e técnica de sequenciamento de novo assistida por software. O veneno de P. striata foi composto principalmente por proteínas, peptídeos e hidrocarbonetos. Trinta e oito proteínas/peptídeos e 48 compostos não-proteicos, foram encontrados compondo o veneno de P. striata. Entre as proteínas identificadas estão proteínas clássicas de veneno (fosfolipase A, hialuronidase e aminopeptidase N), proteínas alergênicas (diferentes alérgenos de veneno) e peptídeos com atividade biológica comprovada (buforina, dinoponeratoxina Da- 1837, U10- ctenitoxina Pn1a e sarafotoxina). Entre os compostos não-proteicos, estão principalmente os hidrocarbonetos de cadeia longa (C19-C36). A atividade antimicrobiana do veneno foi testada e para isso o veneno foi purificado em HPLC por fase-reversa e por troca iônica. Cinco frações oriundas do fracionamento por fase reversa apresentaram elevada atividade antimicrobiana contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, mas apenas a proteína analgesina 2, com atividade antimicrobiana comprovada, foi identificada em uma das frações. Para avaliar a atividade neurobiológica e anticonvulsivante do veneno, o veneno bruto e desnaturado de P. striata em diferentes concentrações (25, 100 e 250 mg/mL) foi injetado intracerebroventricular em camundongos e o comportamento dos camundongos avaliado. Diferenças significativas foram observadas nos comportamentos de imobilidade e exploração dos camundongos tratados com veneno bruto na concentração de 250 mg/mL. Entretanto o veneno de P. striata foi pouco eficiente como anticonvulsivo.