Farelo de soja tratado com taninos em dietas com alto teor de concentrado para bovinos de corte
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Doutorado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1828 |
Resumo: | Foram realizados quatro experimentos, onde inicialmente objetivou-se avaliar os efeitos de diferentes tipos de tanino sobre a quantidade e qualidade da PNDR de diferentes alimentos proteicos. Posteriormente avaliar a inclusão do alimento que apresentasse melhor resposta no experimento 1 sobre os parâmetros metabólicos (Capítulo 2) desempenho produtivo (Capítulo 3) e características quantitativas da carne (Capítulo 4) de animais bovinos Nelore super-precoces alimentados com dietas com alto teor de concentrado. No 1o experimento foram avaliados o farelo de amendoim (FA), farelo de soja integral (FSi) e farelo de soja normal (FS). Foram analisados 54 tratamentos a partir da combinação de três alimentos proteicos (FA, FSi, FS), três misturas de tanino (tipo A, B e C), quatro níveis da mistura de tanino ao alimento (0%, 1%, 2,5% e 5% de inclusão) e umedecimento ou não da amostra. As amostras foram analisadas seguindo a técnica de três estágios. A divergência do valor nutricional protéico, baseada em variáveis discriminatórias entre os grupos, foi estimada por meio de análise de agrupamento. Foram formados oito agrupamentos, sendo o grupo I o de melhor qualidade e o grupo 8 de pior qualidade. Os tratamentos FS-U A 2,5% e FS-U A 5% (que representam o farelo de soja tratado com tanino condensado tipo A nos níveis de 2,5 e 5% e que passaram pelo processo de solubilização) foram os que apresentaram melhores características de quantidade e qualidade da PNDR. No experimento 2, 3 e 4; as dietas apresentavam relação volumoso/concentrado de 16/84, sendo o farelo de soja substituído pelo farelo de soja tratado nos níveis 0, 33, 66 e 100% na matéria seca, tendo ainda um tratamento FST+U (Farelo de soja tratado mais ureia) onde o farelo de soja foi integralmente substituído por farelo de soja tratado para atender às exigências de PNDR e por uréia para satisfazer os requisitos de PDR. Para o experimento 2 foram utilizados 5 animais delineados em QL 5x5 e para o experimento 3 e 4 foram utilizados 42 bovinos Nelore, machos não-castrados, com peso corporal inicial de 244,5 ± 4,99 kg e idade média inicial de nove meses. No experimento 2, o consumo de extrato etéreo e de FDNcp foram os únicos parâmetros relativos à ingestão de alimentos afetados (P<0,05) pela substituição do farelo de soja convencional (FS) pelo farelo de soja tratado com tanino (FST). Para digestibilidade ruminal e intestinal houve efeito linear (P<0,05) apenas para a proteína bruta (PB), apresentando comportamento decrescente para a digestibilidade ruminal e crescente para a digestibilidade intestinal desse nutriente. A ingestão de proteína não degradada no rúmen e proteína metabolizável apresentou efeito linear crescente (P<0,05) ao substituir-se o FS pelo FST. A ingestão de proteína degradada no rúmen e proteína microbiana no abomaso apresentaram resultados lineares decrescentes (P<0,05), uma vez que substituição do FS pelo FST levou à diminuição desses parâmetros. No experimento 3 houve queda linear no consumo de MS (P<0,05) ao substituir-se o FS convencional pelo FST. Por outro lado, não foi observada redução no ganho de peso e de carcaça (P>0,05). A eficiência de deposição de carcaça teve efeito quadrático com menor nível em aproximadamente 60% de substituição do FS pelo FST. Houve modificação na composição do ganho de carcaça quando adicionou-se FST (P<0,05) com aumento da deposição de tecido muscular e diminuição da deposição de gordura. A AOL aumentou linearmente (P>0,05) com a substituição do FS pelo FST, enquanto a EGS diminuiu linearmente (P<0,05). No experimento 4 não foi observado nenhum efeito estatístico (P>0,05) para o perfil de ácidos graxos na digesta abomasal. No músculo observou-se apenas diferença (P<0,05) para o ácido esteárico (C18:0), e ácidos graxos monoinsaturados. Para os ácidos graxos depositados na gordura subcutânea foi verificado aumento linear na deposição de ácidos graxos poliinsaturados (P<0,05) à medida que substituiu-se o FS convencional pelo FS tratado com tanino. Não houve interação (P>0,05) entre os tratamentos e o tempo de armazenamento de bifes de Longissimus dorsi (LD) para os parâmetros relativos à coloração. Quanto ao tempo de armazenamento, todas as variáveis apresentaram efeito significativo (P<0,05), no entanto, não houve diferença entre níveis de inclusão de tanino e o contraste do tratamento FST+U (P>0,05). Houve interação entre o tempo de armazenamento e os tratamentos experimentais (T. x dia) para a oxidação de lipídeos (P<0,05). Apresentando diferenças entre o tempo de armazenamento apenas para os tratamentos 0, 66% de substituição do FS pelo FST e para o tratamento FST+U (P<0,05). Não foram encontradas diferenças (P> 0,05) para força de cisalhamento, índice de fragmentação miofibrilar, perdas por descongelamento, cozimento e totais na carne. A utilização de farelo de soja tratado com tanino em substituição ao farelo de soja convencional melhora a conversão de PB para PM, provocando modificações na composição do ganho dos animais, aumentando a taxa de ganho de tecido magro na carcaça. No entanto, ao mesmo tempo provoca redução no consumo de matéria seca dos animais, promovendo melhor conversão alimentar. Aumenta ambém o teor de ácidos graxos poli-insaturados da gordura subcutânea. |