Efeitos do risco de predação por Toxorhynchites theobaldi (Diptera, Culicidae) no comportamento de mosquitos silvestres
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3991 |
Resumo: | Predadores capturam, abatem e consomem suas presas. Esta é a única abordagem considerada na maior parte dos estudos da ínteração predador- presa. Entretanto, alguns trabalhos recentes têrn se preocupado com os efeitos indiretos da predação. Quando ameaçadas, presas podem alterar seu comportamento, reduzindo suas chances de morte. Sob essa perspectiva, experimentos realizados com espécies de mosquitos em ambientes aquáticos demonstram que, em diversas situações, presas são capazes de identificar a presença de predadores. Tal percepção induz alterações comportamentais como a repelência de ovíposição das fêmeas e redução no forrageamento das 1arvas. Entretanto, o tipo de sinal percebído pelas presas, a importância das respostas induzidas para a sobrevivência dos indivíduos, e as razões destas evoluírem ern algumas espécies, e não em outras, permanecem em discussão. O objectivo do trabalho foi verificar se pistas químicas da presença larva predadora Toxorhynchites theobaldi (Díptera: Culícídae) influenciam o comportamento tanto de fêmeas ovípositantes quanto de imaturos de três espécies de presas da mesma famílía, entretanto com comportamentos bastante distintos, sendo elas Culex molli5, Limatus durhamii e Aedes albopictus (Díptera: Culícídae). Verificamos que, na infusão onde larvas de T. theobaldi permaneceram abrigadas previamente, liberando possíveis sinais químicos, foi encontrada uma menor proporção de larvas (5,4%) de C. molli5, quando comparado com o controle (95,6%) , indicando repelência na ovíposição Enquanto isso, as outras duas espécies ovíposítaram indiscriminadamente na infusão tratada e na controle. Observamos tarnbérn que, na presença de indícios desse mesmo predador, imaturos de C. mollis passaram maior parte do tempo ern repouso (82,7%), quando compadrado com a ausência de sinais de T. theobaldi (49,3%). Entretanto, ímaturos de L. durhamii e A. albopic- tus não apresentam alterações comportamentais na presença dos mesmos sinais. Ainda, C. mollis é predado em uma menor proporção que as demais, sugerindo que essas alterações influenciam na Vulnerabilidade das espécies. A partir desses resultados, é discutido que a probabilidade da evolução de respostas defensivas induzidas pelo risco de predação está relacionada a diversos fatores como o histórico de contato com o predador, a estratégia de ovíposição das fêmeas e o padrão fixo e flexicível de comportamento e posícionarnento das 1arvas. É abordada também a importância dos predadores nativos em conter a invasão de espécies exóticas e a disseminação de doenças por elas Veiculadas. |