Predador e presa de Culicidae: a interação em microcosmo aquático mediada por bactérias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Simões, Daniel Albeny
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Doutorado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/940
Resumo: Em criadouros de mosquitos a riqueza ou abundância de micro-organismos a pode ser afetada negativamente pela presença de larvas dos mesmos. Contudo, efeitos indiretos de predadores sobre micro-organismos não são bem conhecidos. Sabe-se que fêmeas de mosquitos são atraídas para ovipositar em criadouros onde micro-organismos s ̃o abundantes. A resposta destas fêmeas a estes sinais de oviposição ́é uma importante parte da ecologia e controle de mosquitos. Esta tese ́e composta por dois capítulos desenvolvidos através de um desenho experimental laboratorial. Capítulo I: Larvas do predador Toxorhynchites rutilus se alimentam de larvas de Aedes triseriatus, os quais se alimentam de bactérias. Nós postulamos que surge uma cascata trófica da predação de larvas de A. triseriatus por T. rutilus impactando a abundância ação bacteriana. Como predito abundância bacteriana foi maior nos tratamentos com predação do que nos demais. Abundância bacteriana não diferiu entre os tratamentos com a presença do predador e aqueles com sinais de predação. Foi testada a hipótese de que presas comidas parcialmente estavam presentes nos tratamentos com o predador e nos tratamentos que receberam os sinais de predação, aumentando assim a abundância bacteriana. Surpreendentemente a abundância bacteriana foi maior em tratamentos onde houve a predação real do que nos demais. Foi sugerido que fezes (tanto do predador quanto das presas) ou ainda redução do forrageamento das presas, induzido por sinais do predador, contribuíram para o crescimento bacteriano. Capítulo II: A espécie invasiva Aedes aegypti, geralmente oviposita em recipientes com grande abundância de nutrientes. Contudo, diferentemente de outras espécies de mosquitos A. aegypti parece não perceber sinais de predadores como a larvas de Toxorhynchites, e no entanto não evita ovipositar em locais onde estes predadores estão presentes. Se a predação por Toxorhynchites pode potencialmente aumentar a abundância bacteriana em criadouros, seja pela a redução do número de larvas de mosquitos ou pela adição de substratos que permitem o crescimento bacteriano, e desde que A. aegypti prefira ovipositar onde bactérias, as quais são alimento para larvas, são abundantes, é possível que A. aegypti oviposite em recipientes onde Toxorhynchites são abundantes. Foi conduzido um experimento laboratorial no qual a fêmeas de A. aegypti foram oferecidos dois locais para oviposição, combinados em 6 tratamentos. Fêmeas de A. aegypti preferiram ovipositar em recipientes onde houve e predação ativa e predação simulada, não exibindo nenhuma preferência de oviposição para os demais tratamentos. Estes resultados suportam a hipótese de que fêmeas de A. aegypti no são atrídos para locais com coespecíficos ou Toxorhynchites por si mas são atraídas para locais com grande abundância bacteriana.