Certificação genealógica em Bovinos Gir Leiteiro por meio de exame de paternidade pelo DNA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pinto, Isabella Silvestre Barreto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Mestrado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4731
Resumo: A Embrapa Gado de Leite e a ABCGIL vêm desenvolvendo há 25 anos o Programa Nacional de Melhoramento de Gir Leiteiro PNMGIL que tem como objetivo promover o melhoramento genético da raça Gir por meio da seleção de touros geneticamente superiores, por meio de informações de suas progênies. Para avaliação genética dos touros em teste de progênie utiliza-se as informações das suas filhas, sendo importante a precisa informação de paternidade, uma vez que erros de identificação de filiação podem afetar o ganho genético. O objetivo deste trabalho foi utilizar marcadores moleculares para verificar a genealogia de animais pertencentes ao PNMGIL, verificar a freqüência de erros de paternidade encontrada por fazenda e touro analisados, a freqüência dos alelos encontrados na população e a eficiência dos marcadores utilizados. Para isso foram coletadas amostras de sangue de 303 filhas de 55 touros diferentes em 74 fazendas, sendo 15 fazendas criadoras de Gir puro e 59 criadoras de Gir x Holandês. Foram analisados 11 marcadores pertencentes ao Kit StockMarks for Cattle® Bovine Paternity PCR Typing recomendados pela ISAG (International Society of Animal Genetics) e cinco marcadores adicionais. Os produtos de PCR foram analisados no seqüenciador de DNA Megabace 1000, a análise dos fragmentos foi feita no software Fragment Profiler e os valores de heterozigosidade esperada e observada, freqüência alélica e número de alelos foram calculados com o aplicativo POPGENE 1.32. Os valores de PIC (conteúdo polimórfico informativo) foram calculados no programa PowerStats v1.2 e os valores das freqüências de erros por fazendas foram calculados no software SAS®. A exclusão de paternidade foi considerada quando os alelos de dois ou mais marcadores não foram compartilhados entre pai e filha. Foi encontrado um total de 18,15% de erros de paternidade em todos os casos analisados. Erros de 19,28% e 17,73% foram encontrados nas fazendas de gado Gir e Gir x Holandês, respectivamente. Analisando o número de erros por touros foi encontrado que 22 touros não apresentaram erros e 33 touros tiveram pelo menos um erro de paternidade. Os touros com sêmen mais difundido para inseminação das vacas apresentaram maior número de erros, quando comparados aos touros com sêmen menos difundido. Os marcadores com maior número de alelos foram o ETH3, 11-3 e 28-2 com 17 alelos cada um e o marcador com menor número foi o BM1824 com 9 alelos. As médias da heterozigosidade esperada e observada dos marcadores foram de 0,7682 e de 0,7136, respectivamente. O valor médio de PIC para todos os marcadores foi de 0,78, variando de 0,59 (ETH3) a 0,86 (28-2), valores que demonstram o alto índice de polimorfismo dos marcadores. O poder de exclusão combinado para os marcadores utilizados no presente estudo foi maior que 99,99%, mostrando que estes foram eficientes para realização do teste de paternidade mesmo não sendo específicos para a população analisada. Utilizando-se marcadores mais informativos para a população analisada pode-se reduzir o número de marcadores utilizados, o que poderá diminuir o custo dos testes de paternidade. Para isso, um painel específico para zebuínos deve ser elaborado.