Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Ana Cândida Lopes |
Orientador(a): |
Meincke, Sonia Maria Könzgen |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Faculdade de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5790
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Resumo: |
A paternidade, tanto na sua significação como na sua vivência, é uma construção contínua, plural e aberta, que ocorre a partir da articulação entre influências culturais e pessoais. Esse fenômeno pode implicar em construções e reconstruções do papel de pai para o homem, que são comumente conseguidas mediante sua participação ativa no desenrolar da gravidez da companheira. Considerando que a literatura aponta que o processo da paternidade gera modificações psíquicas, bem como significações e transformações, este assunto tem se tornado uma questão importante, principalmente quando se trata de pais adolescentes, pois enfrentam pressões adicionais e problemas que estão diretamente ligados à sua idade. O estudo objetivou conhecer a Percepção de homens sobre a vivência da paternidade na adolescência. Consiste em um estudo qualitativo que utilizou como referencial teórico o Modelo Bioecológico de Urie Bronfenbrenner. Foi desenvolvido com cinco homens que vivenciaram a paternidade durante a adolescência. O ponto de partida para a seleção dos sujeitos ocorreu em uma Unidade Básica de Saúde localizada em uma zona periférica no Município de Pelotas. A coleta dos dados foi realizada individualmente, no domicílio de cada entrevistado, durante o mês de agosto de 2013. O procedimento para coleta de dados ocorreu por meio da técnica de bola de neve. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo identificando os núcleos de sentido nas falas dos sujeitos. Evidenciou-se que viver a paternidade na adolescência foi uma experiência que trouxe amadurecimento e muitas reflexões a respeito do papel de pai e suas atribuições, o qual foi exercido de acordo com a singularidade de cada um, desde a superação até a negação do fenômeno. A família foi o microssistema referenciado que teve pape importante, pois constituiu os vínculos apoiadores para que os pais conseguissem desenvolver o processo paternal na adolescência. Alguns homens referenciaram sentimentos de angústia por não terem conseguido vivenciar de maneira responsável este fenômeno. A paternidade na adolescência trouxe consequências para a vida dos homens, principalmente no que se refere à interrupção dos estudos e instabilidade financeira. De tal modo, pode-se evidenciar que o homem também enfrenta as consequências da paternidade na adolescência, não sendo apenas vivenciadas no universo feminino. Desse modo, julga-se indispensável olhar de forma ampliada as relações sociais da paternidade na adolescência, a fim de dar visibilidade às necessidades vividas e ao vínculo que precisa ser estabelecido com seu filho. |