Detoxicação e análise da qualidade proteica do farelo do pinhão-manso (Jatropha curcas L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lopes, Micheline Luiza de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos
Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/483
Resumo: Jatropa curcas L. também conhecida como pinhão-manso é uma planta cujas sementes possuem óleo com potencial para emprego na produção de biocombustível. Estudos realizados demonstraram que as unidades de extração de óleo não são economicamente viáveis, se não houver o aproveitamento do resíduo da extração (torta ou farelo). Em razão da presença de componentes tóxicos, como os ésteres de forbol e curcina nos farelos de pinhão-manso, e da falta de tecnologias viáveis para sua eliminação, estes farelos não são utilizados na alimentação animal. Assim, têm sido usados exclusivamente como fertilizantes, o que reduz a competitividade da cadeia produtiva das culturas de pinhão-manso em relação a outras oleaginosas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a detoxicação e a qualidade proteica de torta e de cotilédones de pinhão-manso desengordurados com hexano ou etanol, através da inclusão em dieta para ratos. Observou-se que o uso de etanol para desengordurar as tortas e cotilédones das amostras de pinhão-manso diminuiu a concentração de substâncias tóxicas para valores aceitáveis para os animais (éster de forbol < 0,2 mg.g-1 de amostra). O tratamento térmico, autoclavagem do material úmido, provavelmente inativou a maioria dos fatores antinutricionais, pois as dietas tratadas desse modo tiveram digestibilidade da ordem de 97%, semelhantes à da dieta padrão de caseína. Entretanto, digestibilidade corrigida pelo escore químico caiu para valores da ordem de 35% devido à baixa concentração de alguns aminoácidos essenciais como fenilalanina e tirosina, metionina e cistina e lisina. Desse modo os valores de PER e NPR das dietas preparadas com tortas e cotilédones de pinhão- manso foram muito baixos, indicando, no mínimo, a necessidade de suplementação desses aminoácidos em rações preparadas com derivados do pinhão-manso.