O uso da cartografia social e das técnicas participativas no ordenamento territorial em projetos de Reforma Agrária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Milagres, Cleiton Silva Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento
Mestrado em Extensão Rural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4147
Resumo: A formação dos assentamentos rurais é o resultado de uma ampla luta social pela posse da terra, envolvendo trabalhadores em inúmeros conflitos, gerando uma nova organização social, econômica e política. Sendo assim, para que se atenda, de forma apropriada, o planejamento territorial desejado pelas famílias assentadas, é necessário o desenvolvimento de técnicas que envolvam a comunidade na tomada de decisões acerca do uso da terra nesse espaço. Essa dissertação desenvolveu uma metodologia que insere os princípios da Cartografia Social nas técnicas do Diagnóstico Rural Participativo (DRP), tendo como base empírica os agricultores do Projeto de Assentamento Itatiaia, localizado no município de João Pinheiro/MG. Os principais resultados obtidos apontam que o envolvimento comunitário na construção coletiva de mapas georreferenciados visando o uso do solo e ocupação espacial dos lotes, possibilitou a incorporação e a tradução do saber local para um saber científico. Além disso, demonstrou que trabalhos que contemplem processos participativos envolvem também a confiança mútua em torno dos acordos negociados coletivamente. Outro ponto interessante observado no trabalho de campo foi que o sentimento de pertencimento e a identidade com o local se fizeram presentes na representação dos mapas elaborados pela comunidade. Considerou-se, por fim, que quando a tecnologia é dominada apenas pelo técnico responsável pela elaboração dos mapas, a comunidade não se vê como parte da representação, sentindo-se marginalizada quanto ao acesso à informação que gerou a própria imagem. Por meio dos princípios de mapeamento participativo propostos pelo DRP e da inserção da cartografia social como método para a elaboração dos mapas, observou-se que é possível aos participantes elaborar um mapa participativo georreferenciado sobre o uso do solo e ocupação espacial dos lotes em projetos de reforma agrária.