Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Souza, Luiz Henrique de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9727
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Resumo: |
O desempenho de picadoras de forragem tipo DPM (Desintegrador/Picador/Moedor) no processamento de capim-elefante foi avaliado considerando a capacidade de produção, demanda de potência, consumo específico de energia e nível de ruído. Na avaliação da capacidade de produção e demanda energética (potência e consumo específico), os tratamentos foram constituídos pela combinação de três picadoras (DPM-1, DPM-2 e DPM-4), cada uma operando em cinco diferentes rotações, três ângulos oblíquos das facas e dois ângulos do gume das facas. Para auxiliar a avaliação da demanda energética, foram feitas análises de eficiência de trabalho útil das máquinas, bem como análise econômica dos custos com mão-de-obra e consumo específico de energia. Já na avaliação dos níveis de ruído, os tratamentos foram constituídos pela combinação de duas delas (DPM-1 e DPM-2), cada uma também operando em cinco diferentes rotações, três ângulos oblíquos das facas e dois ângulos do gume das facas. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado com duas repetições e os resultados avaliados por meio da análise de regressão. Para facilitar a discussão e interpretação dos resultados foram feitos cortes nas superfícies de resposta ajustadas. As maiores capacidades de produção e menores consumos específicos foram proporcionados pelas facas de 10° de ângulo oblíquo para todos os DPMs e 38° de ângulo do gume para os DPMs 1 e 2 e 30° para o DPM-4. O ângulo oblíquo de 10° propiciou aos três DPMs maior eficiência, ou seja, mesmo demandando maior potência, proporcionou maior capacidade de produção e menor demanda energética. Os ângulos do gume utilizados serviram para concluir que esta variável influencia diretamente na demanda energética das máquinas que envolvem corte de material vegetal, porém, necessita-se de uma maior variação deste parâmetro para se avaliar até quando este poderá ser utilizado como referência, pois os valores variaram de máquina para máquina. Apesar das maiores rotações propiciarem maior capacidade de produção e menor tempo de processamento, é possível baixar o custo de produção quando se trabalha em menores rotações devido ao valor do consumo específico ser reduzido. Embora o DPM-4 tenha apresentado maior capacidade de produção, menor consumo específico e conseqüentemente menor custo de produção, vale ressaltar que esta máquina apresenta maior preço de aquisição do que os outros dois modelos e maior dificuldade de alimentação, obrigando o produtor a contratar mais uma pessoa para executar este processo com o intuito de que a máquina possa trabalhar com fluxo constante e desta forma não haver queda da demanda energética. Considerando os custos totais de produção, um produtor que possui um DPM-1, ao adquirir um modelo DPM-2, levaria 4,8 anos para repor apenas a diferença de preço de aquisição entre as duas máquinas trabalhando 150 dias por ano. Caso esse produtor adquirisse um DPM-4, este tempo de reposição aumentaria para 7 anos. Já o produtor que possui um DPM-2, ao adquirir um DPM-4, levaria 18 anos para repor a diferença de preço de aquisição, não justificando, desta forma, o uso do DPM-4. A redução do consumo específico do DPM-1, no período de 150 dias, com as modificações nas facas e rotação, permitiria a 4,48 cidades do porte de Viçosa serem atendidas no período de 31 dias, e/ou uma cidade do mesmo porte por 31 dias, apenas diminuindo- se a rotação indicada pelo fabricante para 3154 rpm, sem alterar as características da máquina. O DPM-1 apresentou média de 114 dB(A), o que representa 7 minutos de exposição diária máxima do operador sem o uso de protetores auriculares de acordo com a NR-15. Os níveis de ruído do DPM-2 aumentaram com o incremento da rotação, apresentando valores críticos de 7 e 8 minutos de exposição diária máxima. Mesmo sendo operadas sem taxa de alimentação, as máquinas produziram elevados níveis de ruído, sendo estes bem acima de 85 dB(A) para uma exposição diária máxima de 8 horas de acordo com a NR-15. O uso de protetores auriculares se torna indispensável no processamento de forragem. |