Diagnóstico imunológico da cisticercose bovina utilizando antígenos de taenia crassiceps: avaliação de protocolos laboratoriais
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5138 |
Resumo: | A cisticercose bovina, causada pela forma larvar da Taenia saginata, constitui um problema atual na pecuária de corte brasileira, determinando prejuízos econômicos para a indústria da carne em decorrência da condenação de carcaças parasitadas, além de representar riscos à saúde pública. A principal medida de controle desta zoonose é aplicada após o exame post mortem realizado na rotina de inspeção de carnes, no entanto, este método apresenta falhas na detecção de cisticercos em casos de infecções discretas, reforçando a necessidade de pesquisas adicionais para o desenvolvimento de alternativas para o diagnóstico, como os testes sorológicos. Os objetivos deste estudo foram avaliar diferentes protocolos laboratoriais do ELISA para o diagnóstico da cisticercose bovina utilizando antígenos de larva de Taenia crassiceps (Tcra), avaliar o seu desempenho frente a diferentes categorias de soros-controle de bovinos abatidos e, através do immunoblot, identificar os peptídeos com importante potencial diagnóstico para a cisticercose bovina. Amostras de soro de bovinos experimentalmente infectados com ovos de T. saginata e negativos para a cisticercose também foram utilizadas na avaliação de diferentes protocolos laboratoriais do ELISA, que envolveu seis antígenos de Tcra: total (T), total sonicado (Ts), total dialisado (Td), membrana (M), líquido vesicular (LV) e líquido vesicular sonicado (LVs). A partir de protocolos definidos previamente, foi avaliado o desempenho do ELISA numa etapa final com os antígenos T, Ts e M frente soros de bovinos positivos (experimentais e naturais) e negativos para a cisticercose e de bovinos com outras patologias. Os ensaios de immunoblot foram realizados, com o antígeno T, utilizando os quatro grupos de soros-controle e, em seguida, os peptídeos reativos foram identificados e estabelecidas as suas frequências e taxas de desempenho. Com a avaliação prévia dos protocolos ficaram definidas as concentrações de antígeno de 10 μg/ml para os antígenos LV e LVs e de 40 μg/ml para os antígenos T, Ts, Td e M; as diluições de conjugado estabelecidas foram 1:1.250 (T, Ts e M) e 1:2.500 (Td, LV e LVs); a melhor diluição de soro testada foi 1:100 e a melhor substância bloqueadora, o leite em pó desnatado a 5%; e os antígenos que melhor diferenciaram animais positivos e negativos foram o M e o T, seguidos pelos antígenos Ts e Td. As taxas de sensibilidade obtidas pelo teste ELISA foram respectivamente, com 2 e 3 desvios-padrão, 85 e 81,25% para o antígeno T, 82,5 e 78,75% para o antígeno Ts e 80 e 80% para o antígeno M; as taxas de especificidade, com 2 e 3 desvios-padrão, foram respectivamente: 47,5 e 58,75% para o antígeno T, 65 e 73,75% para o antígeno Ts e 58,75 e 62,5% para o antígeno M. Já no immunoblot os peptídeos de maior importância diagnóstica, em ordem decrescente de acurácia foram: 6-8 kDa (90,8%), 129-143 kDa (74,2%), 99-105 kDa (71,7%) e 14-19 kDa (71,1%). A combinação adequada dos diversos parâmetros testados contribuiu para ampliar a confiabilidade do teste ELISA, uma vez que facilita a diferenciação entre animais positivos e negativos. Estes protocolos proporcionaram altas taxas de sensibilidade o que facilita a aplicabilidade prática do teste, pois complementa o exame post mortem que apresenta alta especificidade, porém baixa sensibilidade em detectar carcaças com infecções discretas. Os resultados obtidos pelo immunoblot mostraram que o antígeno T possui peptídeos com alto potencial diagnóstico, sendo, portanto, outro teste sorológico útil no diagnóstico da cisticercose bovina. |