Antígenos de larvas de Taenia crassiceps e Taenia solium em teste ELISA para diagnóstico da cisticercose bovina
Ano de defesa: | 2004 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4990 |
Resumo: | A cisticercose bovina é uma zoonose que tem o ser humano como único hospedeiro definitivo. Além de sua importância para a Saúde Pública, esta parasitose acarreta prejuízos econômicos em matadouros, ao levar as carcaças acometidas a julgamento. Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um teste de diagnóstico sorológico da cisticercose bovina pelo teste ELISA empregando dois antígenos de larvas de Taenia crassiceps e três de Taenia solium. Foram utilizados 20 soros de bovinos infectados experimentalmente com ovos de T. saginata, 60 de bovinos com infecção natural, diagnosticados em matadouros, cinco de bovinos negativos para cisticercose, criados sob isolamento, 55 de bovinos considerados negativos em matadouros e 10 de bovinos portadores de actinomicose (n=2), actinobacilose (n=1), fasciolose (n=1) diagnosticados em matadouro e de bovinos infectados experimentalmente com Anaplasma marginale (n=3), Babesia sp. (n=2) e infecção mista por Anaplasma marginale e Babesia bovis (n=1). Foram empregados os antígenos total e vesicular de larva de Taenia crassiceps e total, de escólex e de membrana de larva de Taenia solium no teste ELISA, após prévia caracterização em eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE) sob gradiente 5 a 20%. Após a realização de ensaios de avaliação do desempenho do teste em duas etapas, sempre considerando o critério da amplitude da diferença entre densidades ópticas de soros-controle positivos e negativos, foram obtidos os resultados que se seguem. A concentração de 1 µg de antígeno por orifício foi a que proporcionou, na maioria das vezes, a maior diferenciação entre soros positivos e negativos com todos os cinco antígenos estudados. As diluições 1:25 de soros e 1: 5.000 de conjugado também foram as que se destacaram, à exceção do antígeno de líquido vesicular de larva de T. crassiceps, que teve melhor desempenho quando o conjugado foi diluído a 1:2.500 vezes. O leite desnatado foi a melhor substância bloqueadora dos sítios reativos remanescentes da placa. Embora os antígenos de larva de T. solium tenham proporcionado valores mais elevados de sensibilidade, os antígenos de larva de T. crassiceps também mostraram bom desempenho no diagnóstico de cisticercose bovina. A escolha de diferentes grupos de soroscontrole para o cálculo do ponto de corte interferiu de forma expressiva no desempenho do teste ELISA. Pode-se concluir que o teste ELISA para detecção de anticorpos apresenta deficiências no diagnóstico de animais destinados ao abate, em virtude de sua baixa sensibilidade (5 a 32%) para diferentes antígenos, quando se consideram soros de animais com infecção natural, geralmente discreta. No entanto, no caso de animais infectados experimentalmente, a sensibilidade se mostrou elevada, 75 a 90%, para diferentes antígenos. O teste ainda pode ser considerado útil na diferenciação entre a cisticercose e outras doenças, devido às suas elevadas taxas de especificidade (81 a 100%). |