Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Siqueira, Raphael Marinho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7286
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Resumo: |
O pulso de inundação é a principal força que atua na biodiversidade, na produtividade e nos processos ecossistêmicos de ambientes que sofrem influência direta do rio. Entre essas áreas que são estabelecidas e mantidas pela influência do pulso de inundação encontramos as matas ripárias. Essas matas têm sido intensamente impactadas, sendo um dos principais fatores a instalação de hidrelétricas. Os reservatórios das hidrelétricas além de eliminarem as faixas de vegetação ripária natural dos rios, podem alterar a funcionalidade do ecossistema florestal sob sua influência. Baseado na premissa de que o barramento da água pode gerar alterações nos processos ecossistêmicos de um fragmento de floresta, foram estudadas a produção e a decomposição da serapilheira, bem como a riqueza e a abundância da macrofauna associadas a ela, visando responder se o funcionamento do ecossistema no fragmento florestal sob influência direta da inundação é semelhante ao de uma mata ripária. Assim, foram testadas as hipóteses de que (1) a produção de serapilheira é menor às margens do reservatório em relação ao interior do fragmento; (2) a decomposição da serapilheira é maior às margens do reservatório em relação ao interior do fragmento e (3) a diversidade e a abundância da macrofauna edáfica são maiores nas áreas com maior taxa de decomposição da serapilheira. O desenho amostral utilizou 6 transectos de 100 x 20m, distantes entre si por 90m, apresentando 5 parcelas de 20 x 20m cada. As primeiras parcelas de cada transecto foram instaladas na borda da vegetação, seguindo para o interior do fragmento. Para avaliar a produção da serapilheira foram instalados 30 coletores, um em cada parcela e mensalmente realizada coleta e triagem do material. A decomposição da serapilheira foi avaliada utilizando-se bolsas de malha 2mm com material foliar (litter bags). Cada parcela continha 12 bolsas de decomposição e mensalmente era retirada uma bolsa de cada parcela para avaliar a perda de biomassa (taxa de decomposição). Para avaliar a macrofauna edáfica foram realizados duas coletas, uma no período seco (Maio/13) e outra no período chuvoso (Outubro/13), utilizando um gabarito de metal de 25 x 25 x 10 cm. Foi realizada uma coleta específica para cupins no período chuvoso (Janeiro/14), utilizando-se iscas de papel higiênico. Os resultados encontrados mostram que a produção da serapilheira no fragmento estudado cresce com o aumento da distância do reservatório da UHM, sendo similar à produção da serapilheira de matas ripárias. A decomposição da serapilheira também cresce com o aumento da distância do reservatório da usina hidrelétrica, porém esse resultado é oposto ao padrão encontrado em matas ripárias. A distribuição da macrofauna edáfica foi uniforme no fragmento estudado, não acompanhando a taxa de decomposição. Esses dados mostram que o fragmento em estudo não pode ser considerado como uma mata ripária nem como uma mata de terra firme. |