A cultura tradicional do sertanejo e o seu deslocamento para a implantação do Parque Nacional Grande Sertão Veredas
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de Mestrado em Ciência Florestal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3047 |
Resumo: | Este trabalho investigou o conhecimento que as populações tradicionais detêm a respeito dos recursos naturais, sua relação com esses recursos e, especificamente, a relação entre a comunidade tradicional do Parque Nacional Grande Sertão Veredas e o parque; o histórico de sua ocupação da região, sua percepção da unidade, assim como seus anseios e sentimentos; objetivou-se também identificar os impactos que a retirada das populações tradicionais de seu habitat podem causar na vida, e até mesmo, na cultura dessas comunidades. O trabalho foi realizado em três etapas durante os anos de 2004 e 2005. A metodologia utilizada para a pesquisa foi uma metodologia estritamente qualitativa, utilizando-se a observação participante e entrevista semi-estruturada. A análise dos dados obtidos revelou que o parque é culturalmente muito rico e a população que reside ou residia em seu interior é, em sua grande maioria, tipicamente sertaneja e utiliza grande quantidade de recursos naturais provenientes dos ecossistemas locais, estes recursos são essenciais à sua sobrevivência e são utilizados a partir do conhecimento tradicional adquirido e repassado de geração em geração. O parque tem grande valor afetivo para seus moradores e ex-moradores e a relevância da área para a conservação após décadas de manejo por essas populações tradicionais, sugere que as áreas protegidas dos países em desenvolvimento sejam tratadas de uma forma diferente do que as áreas protegidas dos países desenvolvidos que possuem uma realidade cultural, social e ambiental bem distinta. O parque possui grande valor afetivo para seus moradores e a sua retirada da área foi muito sentida pelas populações tradicionais que possuem uma forma peculiar e diferenciada de apropriação dos recursos naturais, o que deveria ser levado em consideração pelas políticas públicas de gestão ambiental, pois tal conhecimento pode vir a se constituir importante instrumento de manejo e conservação de ecossistemas do cerrado. |