Estudos bioquímicos do efeito leishmanicida de inibidores de enzimas modificadoras de histonas em Leishmania braziliensis in vitro e in vivo em modelo murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Luciana Ângelo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29260
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.218
Resumo: As leishmanioses são doenças tropicais negligenciadas causadas por espécies patogênicas do gênero Leishmania. Leishmania braziliensis é a principal espécie causadora de leishmaniose tegumentar americana (LTA) no Novo Mundo. O tratamento das leishmanioses é limitado, causa efeitos colaterais graves e os parasitos têm desenvolvido resistência. Histonas Deacetilases (HDACs), Proteínas Argininas Metiltransferase (PRMTs) e Amino-oxidases Dependentes de FAD (LSD1) são enzimas envolvidas no controle da estrutura da cromatina e são possíveis alvos para novos medicamentos contra as leishmanioses. Neste trabalho foram testados 86 inibidores dessas enzimas contra amastigotas intracelulares de L. braziliensis na infecção in vitro e três inibidores foram testados em modelo de infecção animal. Os resultados mostram que oito inibidores de PRMTs e LSD1 apresentaram baixa toxicidade para macrófagos e efeito leishmanicida superior a 50% nos ensaios de infecção. BSF2 foi o inibidor selecionado com o melhor potencial leishmanicida. Para os inibidores de HDAC (HDACi), cinco mostraram efeito leishmanicida significativo, com EC 50 entre 4,38 - 10,21 μM e índice de seletividade de 6 a 21,7. Resultados de citometria de fluxo corroboram com análises de microscopia eletrônica de transmissão indicando que os HDACi levam a alterações no ciclo celular e indução de apoptose em L. braziliensis. A produção de óxido nítrico pelos macrófagos infectados não foi alterada após o tratamento com os cinco principais HDACi. Na experimentação animal, os compostos TH60 (5 mg/kg) e o TH74 (10 mg/kg) diminuíram a lesão na pata dos camundongos infectados, sendo o efeito maior e igual ao do medicamento Glucantime®, respectivamente. A diminuição da lesão corroborou com a ausência de parasitos nas lesões e com o aumento de TNF e INF-γ. As análises bioquímicas e histopatológicas mostraram menor toxicidade dos HDACi em relação ao Glucantime®. Esses resultados demonstram que inibidores de HDAC, PRMTs e LSD1 podem ser promissores para o tratamento da LTA. Palavras-chave: Epigenética. HDACs. Inibidores de HDACs. Leishmania braziliensis