Decepa de plantas jovens de clone de eucalipto e condução da brotação em um sistema agroflorestal
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de Mestrado em Ciência Florestal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3135 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo avaliar a decepa de plantas jovens de eucalipto, estabelecidas em espaçamento amplo, em sistema agroflorestal, para a obtenção de madeira de diâmetro reduzido para carvão vegetal, sem inviabilizar o consórcio com culturas agrícolas e pastagem. Foi utilizado um clone de eucalipto (E. camaldulensis x E. tereticornis) da Votorantim Metais Zinco S.A., em Vazante, MG, no espaçamento 9,5 x 4,0 m. Foi comparado o crescimento de plantas não decepadas com a brotação de plantas decepadas aos 9 ou 12 meses após o plantio, com desbrota para dois ou três brotos aos 6 ou 9 meses após a decepa e, sem desbrota. Foram estabelecidos, também, plantios com diferentes distâncias entre plantas na linha (9,5 x 1,5 m, 9,5 x 2,0 m, 9,5 x 3,0 m e 9,5 x 4,0 m), do mesmo clone, por ocasião da decepa aos 9 meses. A biomassa de folhas, galhos e caule e a área foliar foram avaliados, trimestralmente, a partir de três meses após a decepa. O diâmetro a 1,30 m de altura e a altura total foram medidos por ocasião da decepa e aos 9, 12 e 15 meses após a decepa. O índice de área foliar foi estimado aos 24 meses após o plantio para todos os tratamentos. A área foliar total das brotações (por cepa) e a biomassa do caule provenientes da decepa aos 9 meses, sem desbrota, foram, respectivamente, 24% e 19% superior à das plantas não decepadas, aos 15 meses após a decepa. Brotações de plantas decepadas aos 12 meses apresentaram maior taxa de crescimento inicial em razão de se ter maior diâmetro da cepa, porém, nesta idade, ainda não haviam atingido a biomassa total e o volume das plantas decepadas aos 9 meses. O volume das plantas não decepadas, com 24 meses de idade, foi superior ao das brotações com 12 ou 15 meses de idade, porém, com tendência de redução substancial da diferença entre estes dois grupos de plantas com o avanço da idade. A sobrevivência das cepas não foi afetada pela idade da decepa e, no tratamento sem desbrota, o número de brotos foi de, aproximadamente, três brotos por cepa. A proporção do volume/cepa das brotações de plantas decepadas aos 9 meses, sem a realização de desbrota, em relação a plantas não decepadas, foi 34%, 65% e 81%, respectivamente, aos 18, 21 e 24 meses após o plantio. Ou seja, mantendo a atual taxa de crescimento, as brotações de plantas não desbrotadas virá se igualar ou mesmo ultrapassar o volume das plantas não decepadas. Comparando o índice de área foliar nos plantios em diferentes espaçamentos na linha com o de plantas decepadas e desbrotadas, observou-se que a decepa de plantas jovens favoreceu a entrada de radiação no povoamento, possibilitando o uso da área para o consórcio. Os resultados indicam que a decepa de plantas jovens favorece a produção de madeira de tamanho reduzido para a produção de energia e a entrada de radiação na entrelinha de plantio, permitindo a manutenção de sistemas agroflorestais. |