Desempenho e exigências nutricionais de bovinos mestiços holandês x zebu alimentados com dietas contendo diferentes níveis de proteína
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5732 |
Resumo: | O presente trabalho foi realizado a partir de um experimento descrito na forma de dois capítulos. No capítulo 1 objetivou-se avaliar os consumos de matéria seca (CMS) e dos constituintes da dieta, o ganho médio diário (GMD), a digestibilidade aparente, e o rendimento de carcaça fria (RCF) e de cortes básicos (RCB) de bovinos machos cruzados holandês x zebu, não castrados, recebendo dois níveis de proteína (PB) na fase inicial e final do experimento. Utilizaram-se 24 animais com peso corporal inicial médio de 417±54 kg, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições, em esquema fatorial 2x2, em que os fatores foram dois níveis de PB na fase inicial do confinamento (11 ou 13% de PB, dos dias 1 a 36) e dois níveis de PB na fase final (11 ou 13% de PB, dos dias 37 a 72). As digestibilidades das dietas foram avaliadas no final de cada período experimental, utilizando-se a fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) como indicador. Ao final do experimento, os animais foram abatidos para a determinação das características da carcaça. Os dados foram analisados utilizando-se o procedimento PROC MIXED do SAS. Não houve efeito (P>0,05) da interação entre o nível de proteína na fase inicial e final sobre os consumos de nenhum dos nutrientes avaliados. Não houve efeito (P>0,05) dos níveis de proteína nas fases inicial e final sobre o consumo de MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), extrato etéreo (EE), carboidratos não fibrosos (CNF) e de nutrientes digestíveis totais (NDT). Houve efeito da interação (P<0,05) entre o nível de PB na fase inicial e o nível de PB na fase final sobre a digestibilidade aparente da MS, MO, PB, FDNcp e NDT. Houve efeito (P<0,05) do nível de PB na fase inicial para os coeficientes de digestibilidade aparente (g/kg de MS ingerida) da MS, MO, PB, FDNcp, CNF e teores de NDT, sendo as médias do nível de 13% de PB, superiores àquelas obtidas no nível de 11% de PB. Entre os animais que iniciaram o experimento recebendo 13% de PB na dieta, os que se mantiveram nesse mesmo tratamento até o final, apresentaram maior média (704,20 g/kg MS) para a digestibilidade da PB quando comparados àqueles que foram submetidos a uma redução do nível de PB na dieta (612,80 g/kg MS). Não houve efeito dos tratamentos (P>0,05) sobre o GMD, os cortes comerciais agrupados ou não, e o RCF. Conclui-se que não há efeito benéfico da utilização de níveis variados de PB para terminação de bovinos e recomenda-se o nível fixo de 11% de PB. No capítulo 2 objetivou-se determinar as exigências nutricionais de energia e proteína para mantença e ganho de peso, as eficiências parciais de deposição de energia na forma de proteína (kp) e gordura (kf), e a eficiência da utilização da energia metabolizável para mantença (km) e ganho de peso (kg) de bovinos cruzados holandês x zebu em terminação. Foi realizado um experimento de abate comparativo no qual foram utilizados 32 animais não castrados, com peso médio inicial de 410±55 kg. Destes, quatro animais foram aleatoriamente selecionados para serem abatidos ao início do experimento, compondo o grupo referência. Outros quatro animais foram selecionados aleatoriamente para perfazer o grupo mantença, sendo estes alimentados na base de 12g de MS por kg de peso corporal durante todo o período experimental. Os 24 animais restantes receberam um de dois níveis de proteína na dieta (11 ou 13% de PB, com base na MS). Após 36 dias, metade dos animais alimentados com cada nível proteico foi selecionada para a reversão do nível de PB. As dietas foram compostas por 65% de silagem de milho (SM) e 35% de concentrado, na base da matéria seca (MS). Para calcular os consumos de energia foi realizado um ensaio de digestibilidade em cada período de 36 dias, cuja excreção fecal foi determinada utilizando a fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) como indicador. Após o abate, a meia carcaça direita foi desossada para determinação da composição corporal. As exigências de energia líquida (ELm) e metabolizável (EMm) para mantença foram obtidas relacionando exponencialmente a produção de calor (PC) e o consumo de energia metabolizável, enquanto as exigências de energia para ganho (ELg) e de proteína para ganho (PLg) foram obtidas em função do peso de corpo vazio (PCVZ),usando equações alométricas. As exigências de ELm e EMm foram de 78,6 e 113,56 kcal/PCVZ0,75/dia, respectivamente. A km foi de 69,21%. As equações obtidas para ELg e PLg foram: ELg(Mcal/dia) = 0,1568 x PCVZ0,5417 e PLg (g/dia) = 0,0511 x PCVZ0,1917. A kg foi de 36,09%. As eficiências parciais foram de 17,2% e 56,8% para kp e kf, respectivamente. A energia retida na forma de proteína (ERp) foi: ERp = 1,0693 x (ER/GPCVZ)-1,5187 . Conclui-se que as exigências de ELm e EMm para bovinos cruzados holandês x zebu não castrados em terminação são de 78,6 e 113,56 kcal/PCVZ0,75/dia e que ELg e PLg podem ser obtidas pelas equações: ELg(Mcal/dia) = 0,1568 x PCVZ0,5417 e PLg (g/dia) = 0,0511 x PCVZ 0,1917. |