Excreção de nitrogênio por galinhas poedeiras submetidas a diferentes temperaturas e níveis de energia metabolizável na ração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: França, Luís Gustavo Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/18502
Resumo: Um importante setor do agronegócio brasileiro é a avicultura de postura. Em 2016, o segmento produziu 39,5 bilhões de ovos, superando em 6,1% a produção registrada no ano anterior (ABPA, 2017). Relaciona-se este crescimento ao fato de que grande parte das instalações destinadas à criação de aves de postura é realizada em sistemas verticais de criação, os quais podem alojar até 120.000 aves em um único aviário. A tal estimativa atribui-se o melhoramento genético das linhagens de poedeiras, resultando em animais menores e com maiores taxas de postura. Observa-se também que, devido à sobreposição das gaiolas em níveis verticais neste modelo de criação, há maiores densidades de aves por unidade de área. Consequentemente, esse tipo de disposição ocasiona um índice elevado de dejeto por área. Cada galinha poedeira gera por volta de 0,1 kg de dejetos por dia (AUGUSTO, 2007). De acordo com os dados referentes ao ano de 2016, a capacidade de alojamento de galinhas poedeiras no Brasil, chegou a 91,2 milhões de animais (IBGE, 2017), obtendo-se um total de 9,12 mil toneladas de dejetos gerados diariamente pela avicultura de postura brasileira. Pode-se destacar como problemas ambientais associados ao esterco a eutrofização de lagos e rios, a acidificação de solos, além do aumento o efeito estufa, todos agravados devido geração e emissão de amônia a partir dos dejetos da avicultura. Fatores ambientais, como temperatura e umidade relativa do ar, e de manejo, como os níveis de proteína bruta e energia metabolizável da ração podem influenciar na taxa de excreção de nitrogênio pelas poedeiras. Por meio de experimentos práticos, objetivou-se avaliar a excreção de nitrogênio por galinhas poedeiras, durante as fases de recria e postura, quando ocorre variação das condições térmicas do ambiente e de formulação das rações ofertadas às aves. Além de propor um diagrama de fluxo para o nitrogênio desde sua metabolização pelas galinhas poedeiras até a volatilização na forma de amônia para o ambiente. Concluiu-se que a temperatura do ambiente influenciou diretamente a excreção de nitrogênio pelas galinhas poedeiras, tanto na fase de cria como na de postura, sendo a faixa de temperatura máxima diária entre 30 a 35 °C considerada crítica, quanto a excreção de nitrogênio. Já o conteúdo energético da ração não influenciou a perda deste elemento pelas aves. O diagrama de fluxo proposto mostrou-se eficiente no entendimento da interação entre os fatores relevantes para a geração e emissão de amônia pela avicultura de postura e proporcionou a realização de uma correlação entre eles, através de fórmulas matemáticas.