Efeitos da alimentação em fases sobre as características de produção de galinhas poedeiras

• Ano de defesa: 1972
• Autor(a) principal: Silveira, Julio Jeovah Nascimento
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: ALIMENTAÇÃO ANIMAL; GALINHAS POEDEIRAS; PRODUÇÃO
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144452/

Galinhas poedeiras; da linhagem J. J. Warren, com 24 semanas de idade, foram mantidas por 52 semanas em gaiolas individuais e alimentadas com rações contendo constantes ou variados teores de proteína durante o ciclo de postura, com o principal objetivo de estudar os efeitos da alimentação em fases sobre suas características de produção. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com 4 tratamentos, 8 repetições e 8 aves por parcela. Dois tratamentos controle, A e B, nos quais as aves receberam rações com 16 e 18% de proteína e 2.800 Cal/kg em Energia Metabolizável, foram comparados com dois outros, C e D , nos quais o teor de energia das rações foi mantido constante (2.800 Cal/kg) e os teores de proteína sofreram variações de acordo com a idade das aves e o índice de produção de ovos. Estas duas ultimas raçoes eram reformuladas a intervalos de 7 a 14 dias, visando o fornecimento de quantidades fixas de proteína por ave/dia, com base no consumo do período anterior. O tratamento C foi dividido em três fases, 24 - 41 , 41 - 62 e 62 - 76 semanas de idade e o D , em cinco fases, de acordo com os índices de produção, 40 - 60 , 61- 80 , 81- 100 , 80- 61 e 60 - 41% de postura, calculada na base de galinha-dia. Estes Índices de produção coincidiram com as seguintes idades i 24 - 26 , 26 - 28 , 28 - 41 , 41 - 64 e 64 - 76 semanas, respectivamente. Os dados dos outros três tratamentos foram assim, também, computados ao final de cada um destes intervalos de idades, havendo todos sido apresentados e discutidos. Assim, nas circunstâncias em que se realizou o experimento, os dados obtidos parecem permitir as seguintes conclusões: 1 - Rações contendo 13,1 a 18% de proteína e constante teor de energia (2.800 Cal/kg) , não afetaram o consumo alimentar. 2 - O método utilizado para fornecimento de quantidades fixas de proteína por ave/dia, embora trabalhoso, se mostrou bastante eficiente. 3 - De 24 - 41 semanas de idade 18 g de proteína por ave/dia, foram suficientes para a maior produção e peso dos ovos. Exigência ligeiramente superior, 18,5 g por ave/dia foi observada para máxima conversão. 4 - É importante se expressar Índices de conversão em kg de ração/kg de ovos. 5 - Níveis de ingestão de proteína de 16,6 g d9 41 - 64 e de 15 g de 64 - 76 semanas de idade foram suficientes para atender produções comparáveis e obtidas com níveis de até 20 g por ave/dia. 6 - As recomendações do “NATIONAL RESEARCH COUNCIL” (1971), expressas em gramas de proteína por ave/dia, para poedeiras com peso de 2,270 e 2,500 kg , no caso de serem aplicadas a poedeiras J. J.Warren provavelmente poderão ser decrescidas da ordem de 8 a 18%, dependendo do peso das aves, índice de produção e fase do ciclo de postura. 7 - A ração com 16% de proteína, constante durante todo o ciclo de postura, foi insuficiente para máxima conversão de 28- 41 semanas de idade e a partir deste período forneceu excesso de proteína. 8- A ração com 18% de proteína resultou em excessiva ingestão deste nutriente em todas as fases do ciclo de postura. 9 – Comparando-se os resultados obtidos com as aves alimentadas por fases ou com 16% de proteína durante todo o ciclo de postura, verificou-se igual produção, com uma economia de 7% na ingestão de proteína, favorável a alimentação em fases. A redução dos níveis de ingestão de proteína a partir da 41. semana de idade, não afetou a produção de ovos, o peso dos ovos, a conversão alimentar e o peso das aves. Diante do exposto, parece que forram atingidos os objetivos citados na introdução. Contudo, outros trabalhos sobre o assunto deverão ser realizados.