Filtro ambiental de sombreamento em sistemas agroflorestais diminui o risco de invasão biológica em áreas de conservação de biodiversidade
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ecologia Mestrado em Ecologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3226 |
Resumo: | Unidades de conservação (UCs) e fragmentos florestais são geralmente circundados por uma matriz agrícola que é fonte de propágulos de espécies exóticas invasoras, afetando diretamente os ecossistemas naturais. A conservação da biodiversidade dependerá da habilidade das sociedades humanas em manejar paisagens agrícolas de forma a compatibilizar produção e conservação. Nesse sentido, sistemas agroflorestais (SAFs) podem funcionar como áreas de amortecimento contra invasões biológicas no entorno de áreas naturais. O objetivo deste trabalho foi testar a hipótese de que o sombreamento promovido por árvores em cafezais implantados em SAFs age como filtro ambiental, diminuindo a riqueza e abundância de espécies exóticas comparativamente com cafezais em monocultura e causando agrupamento filogenético. A coleta de dados consistiu na amostragem de plântulas, de herbáceas e de fotografias hemisféricas em parcelas circulares de 1 m2 em cafezais em SAFs e em monoculturas de 3 propriedades rurais localizadas no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB). A fim de verificar o grau de agrupamento filogenético em cada parcela, foi realizado o cálculo do Índice de Relacionamento Filogenético líquido (NRI) e o Índice de Táxon mais Próximo (NTI), utilizando o software PHYLOCOM 4.2 e as análises estatísticas se deram por comparações de modelos mistos utilizando o ambiente R. Os resultados mostraram que os sistemas agroflorestais são menos propensos à invasão biológica por espécies exóticas do que o cafezal em monocultura e que o sombreamento existente nos SAFs é um filtro ambiental, selecionando homologias de tolerância ao sombreamento e promovendo agrupamento filogenético. Portanto, o sombreamento dos SAFs diminui a riqueza e abundância de espécies exóticas potencialmente invasoras no entorno do PESB. Assim, os SAFs são modalidades mais adequadas ao entorno de áreas naturais como o PESB quando comparados com cultivos em monoculturas, por melhor compatibilizar produção agrícola e conservação da biodiversidade. |