Caracteristicas produtivas e qualitativas de sistemas silvipastoris na região dos Campos das Vertentes, MG.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Ribeiro, Everton Teixeira lattes
Orientador(a): Almeida, João Carlos de Carvalho lattes
Banca de defesa: Macedo, Robert de Oliveira, Paciullo, Domingos Sávio Campos, Carvalho, Carlos Augusto Brandão de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14891
Resumo: O objetivo desse trabalho foi avaliar as características do pasto de Urochloa decumbens em monocultivo e submetido o efeito de três espaçamentos de plantio e as características dendrométricas do Eucaliptus urophilla nos espaçamentos 3x2m, 6x4m e 10x4m em um sistema silvipastoril. O estudo foi realizado na Fazenda Registro, localizada no município de Barbacena, MG – Brasil. O Eucalyptus urophylla foi plantado no sentido leste-oeste nos espaçamentos 3x2m, 6x4m e 10x4m em janeiro de 2008, em uma pastagem de Urochloa decumbens. No primeiro estudo, intitulado de características produtivas, agronômicas e valor nutritivo de Urochloa decumbens em sistema silvipastoril com Eucalyptus urophylla sob diferentes espaçamentos e em monocultivo, utilizou-se o delineamento experimental em blocos completos casualizados, com quatro blocos e duas repetições por bloco. Para avaliar o os sistemas de plantio da capim-braquiária foi utilizado o arranjo em parcelas subdivididas com quatro tratamentos (monocultivo, 3x2m, 6x4m e 10x4m), três datas de cortes (06/01/2011, 02/02/2011 e 08/04/2011), onde os tratamentos foram alocados nas parcelas e as datas de corte nas subparcelas. Para avaliar as distâncias da linha de plantio do eucalipto em cada espaçamento foi utilizado o arranjo em parcela subsubdividida com três tratamentos (3x2m, 6x4m e 10x4m), quatro distâncias (0, 33, 66, 100% em relação ao meio das entrelinhas do eucalipto) e três datas de cortes (06/01/2011, 02/02/2011 e 08/04/2011), onde os tratamentos foram alocados nas parcelas, as distâncias nas subparcelas e datas de corte na subsubparcela. Foi avaliado a altura, o acúmulo de forragem (AF), a taxa de acúmulo de forragem (TAMF), a relação folha/colmo (F/C), as porcentagens de matéria seca (MS), e os teores proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e matéria mineral (MM), em diferentes distâncias da linha de plantio do eucalipto (0, 33, 66, e 100% em relação ao meio das entrelinhas do eucalipto) e em monocultivo. O AF e TAMF do capim braquiária foi maior no espaçamento 10x4m e em monoculrivo. A maior altura, teor de PB e MM foram encontrados nos espaçamentos de plantio do eucalipto. Maoires porcentagem de MS e teor de FDN foram encontrados em monocultivo. O teor de FDN diminuiram na medida em que se distanciou da linha de plantio do eucalipto, comportamento contrário foi observado para F/C e MS. O AF, TAMF e PB aumentaram até a distância de 66% em relação ao meio da entre linha do eucalipto diminuindo apartir desse ponto. O sistema que promoveu maior quantidade e qualidade do capim-braquiária aos 48 meses após o plantio do eucalipto foi o espaçamento 10x4m, assim apresentando maior potencial para utilização em sistema silvipastoril. No segundo estudo, intitulado de características dendrométricas do Eucalyptus urophylla em sistema silvipastoril com Urochloa decumbens sob diferentes espaçamentos, utilizou-se o delineamento experimental em blocos completos casualizados, com quatro blocos e duas repetições por bloco, segundo arranjo em parcelas subdivididas com três tratamentos (3x2m, 6x4m e 10x4m), cinco idades (24, 30, 36, 42 e 48 meses), onde os espaçamentos foram alocados nas parcelas e as idades nas subparcelas. Foi avaliado a sobrevivência, altura (H), diâmetro a 30 cm de altura (D30), diâmetro a altura do peito (DAP), diâmetro da copa no sentido leste-oeste (DL-O), diâmetro da copa no sentido norte-sul (DN-S), volume por planta (Vol/plt), volume por área (Vol/ha), área basal (G), área basal por hectare (G/ha) e incremento médio anual (IMA) aos 24, 30, 36, 42 e 48 meses após o plantio do eucalipto. Para tais avaliações, utilizou-se procedimento MIXED e REG do pacote estatístico SAS. A porcentagem de sobrevivência dos 24 aos 48 meses após o plantio do eucalipto foi de 100%. IX Aos 24 meses o DN-S foi maior no espaçamento 6x4m. Aos 30 e 36 meses foi observado maior DAP nos espaçamentos 6x4m e 10x4m, e maior Vol/ha no espaçamento 3x2m. Aos 42 e 48 meses, o DPA, D30, DL-O, DN-S e G foram maiores nos espaçamentos 6x4m e 10x4m, já o Vol/ha, o G/ha e o IMA foram maiores no espaçamento 3x2m. Entretanto aos 48 meses foi observado maior altura e Vol/plt do eucalipto no espaçamento 10x4m. O efeito das idades de plantio do eucalipto para todas as variáveis silviculturais ajustou ao modelo de regressão linear ou quadrática dependendo do espaçamento e da variável, ocorrendo aumento na variável à medida que se aumenta a idade do eucalipto. O espaçamento 3x2m foi o que promoveu maior Vol/ha, entretanto, com o passar dos meses o Vol/plt foi aumentando principalmente no espaçamento 10x4m, assim, no final de um ciclo longo nesse espaçamento poderá ser obtido madeira para serraria com maior valor. Pode se concluir que a escolha do espaçamento de plantio do eucalipto em sistema silvipastoril depende do objetivo do produtor. Se o objetivo for maior produtividade de madeira com menor produção do pasto deve-se optar pelo espaçamento 3x2m. Se o produtor priorizar maior produtividade do pasto como consequência maior produção animal com maneira com alto valor agregado, deve-se optar pelo espaçamento 10x4m.