Desenvolvimento e validação de escala diagramática para a quantificação da severidade da seca-de-ponteiros do eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Borges Junior, Norton
Orientador(a): Lanna Filho, Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233231
Resumo: O gênero Eucalyptus engloba diversas espécies cultivadas no Brasil e destaca-se por ocupar uma área plantada de aproximadamente 5,7 milhões de hectares, com uma produtividade média de 35,7 m3/ha/ano. No entanto, alguns fatores têm acometido o cultivo da cultura no país. Dentre estes, as doenças têm se tornado relevante para o decréscimo da produção, bem como o aumento do seu custo. No estado do Rio Grande do Sul, a seca-de-ponteiros tem se destacado como uma das principais doenças da eucaliptocultura, podendo levar à morte das plantas. Causada pela fitobactéria Erwinia psidii, a doença também pode manifestar sintomas de cancro e murcha em árvores. Constatada em 2009, há poucos estudos sobre o patossistema E. psidii versus Eucalyptus spp. nas condições brasileiras. A inexistência de métodos acurados e precisos para quantificar a enfermidade torna laboriosa e árdua a prática de estimar a doença no campo, podendo causar erros na estimativa dos sintomas. Isso impossibilita aferir com exatidão a eficiência de diferentes medidas de controle, a resistência varietal ou a eficácia de produtos fitossanitários contra a enfermidade. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi desenvolver uma escala diagramática para quantificar a severidade da seca-de-ponteiros em eucalipto. Para a elaboração da escala, imagens de 80 plantas infectadas foram obtidas com diferentes níveis de severidade da doença. Em seguida, a severidade real para cada imagem foi determinada pelo programa QUANT®. A partir da frequência dos valores de severidade nas plantas amostradas, foram estabelecidos os níveis intermediários da doença para compor a escala diagramática. Foram confeccionados 8 diagramas para compor a escala, com os seguintes valores de severidade: 1, 3, 5, 10, 15, 30, 50 e 100%. A escala diagramática desenvolvida melhorou a precisão dos avaliadores, produzindo menor variação nas estimativas da severidade da doença, e melhoraram a reprodutibilidade e a confiabilidade entre as estimativas de severidade, apresentando pequena variação entre os diferentes avaliadores. O emprego dessa escala contribuirá para o desenvolvimento de variedades com resistência à doença, além de auxiliar na comprovação da efetividade de medidas de controle adotadas.