Glândulas intramandibulares de Formicidae (Ponerinae, Myrmicinae): desenvolvimento e seus componentes químicos
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Doutorado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/899 |
Resumo: | As formigas são especialmente ricas em glândulas exócrinas que variam na sua natureza estrutural, química e complexidade funcional, e esta riqueza em glândulas exócrinas talvez seja o grande ponto de seu sucesso biológico. Este estudo focalizou as glândulas intramandibulares de formigas primitivas Ponerini (Ponerinae) e derivadas Attini (Myrmicinae) quanto ao desenvolvimento de formas imaturas, diferenciação entre castas e componentes químicos, contribuindo para a compreensão dos mecanismos envolvidos na comunicação das formigas na tentativa de entender a possível função da glândula intramandibular que ainda permanece desconhecida. O estudo do desenvolvimento pós-embrionário das glândulas intramandibulares foi realizado em Pachycondyla verenae, enquanto o estudo com a formiga cortadeira Atta laevigata investigou a ocorrência de glândulas intramandibulares nas castas de rainhas, operárias e soldados. Também foi realizado, o estudo dos componentes químicos presentes no interior da mandíbula e no corpo de operárias e rainhas de Pachycondyla villosa. Foram encontradas células epidérmicas secretoras da classe I, glândulas unicelulares da classe III e células epiteliais secretoras com reservatório. As células epidérmicas secretoras da classe I e glândulas unicelulares da classe III, encontradas em P. verenae, diferenciam-se durante a pupação, iniciando seu desenvolvimento na pupa de olho rosa e estão completamente formadas a partir da pupa de olho preto. Diferente da classe glandular que foi encontrada em espécies de Pachycondyla, as glândulas intramandibulares em A. laevigata não apresentaram células epidérmicas secretoras da classe I, mas apresentaram glândulas unicelulares da classe III e células epidérmicas secretoras com reservatório. Os estudos morfológicos, histoquímicos e morfométricos das glândulas intramandibulares em A. laevigata suportam a hipótese de que essas glândulas estejam envolvidas diretamente na divisão de trabalho entre as castas e, consequentemente, na comunicação química. As evidências comportamentais indicam que as substâncias químicas das glândulas intramandibulares de P. villosa estão envolvidas no reconhecimento de companheiras de ninho, e a presença de hidrocarbonetos e os esteróis colesterol em operárias e o sitosterol encontrado na mandíbula de rainhas podem estar associados ao perfil da casta, sendo provável que o sitosterol assuma o papel de um sinalizador de fertilidade e/ou uma possível fonte de hormônio. O conhecimento da ontogenia, morfo-fisiologia e composição química das glândulas intramandibulares das formigas pode contribuir para a elucidação dos mecanismos que envolvem o sistema exócrino e suas relações com os aspectos comportamentais e filogenéticos nas diferentes subfamílias de Formicidae. Com isso, é possível inferir que as glândulas intramandibulares das diferentes tribos e castas produzem substâncias de naturezas distintas, indicando funções diversas, dependendo da natureza química de constituintes celulares. |