Resistência do feijão-comum à murcha-de-fusário: Metodologias de inoculação e de avaliação
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me Doutorado em Genética e Melhoramento UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1387 |
Resumo: | Com o objetivo de identificar eficientemente linhagens de feijoeiro resistentes à murcha-de-fusário foram conduzidos quatro experimentos, onde os objetivos específicos foram: desenvolver e comparar metodologias de avaliação, avaliar metodologias de inoculação, identificar fontes de resistência à murcha-de-fusário e obter informações a respeito do processo de infecção de Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli (Fop). Assim, primeiramente foi desenvolvida uma nova escala de avaliação da severidade da murcha-de-fusário (Escala relativa a plantas testemunhas sadias RPTS) que considera, além dos sintomas típicos da murcha-de-fusário (morte, murcha e clorose das folhas e nanismo), o sintoma redução do crescimento dos feijoeiros. Os resultados obtidos por essa escala foram comparados com os resultados obtidos por quatro escalas já descritas na literatura. Para isso, foi instalado um experimento com 15 linhagens de feijoeiro, utilizando o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, sendo cada parcela representada por um vaso com três plantas. As avaliações foram realizadas aos 21 dias após as inoculações (DAI). De acordo com os resultados obtidos, a escala RPTS é mais precisa em comparação com as metodologias anteriormente descritas. Em seguida, em um segundo experimento foram comparadas quatro metodologias de inoculação de Fop, em duas condições ambientais (fevereiro/março (época quente - EQ) e junho/julho (época fria - EF)). Nesse experimento, foram utilizadas as linhagens Manteigão Fosco 11, VP8 e Meia Noite. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados com três repetições e parcelas constituídas por dois vasos com três plantas. As avaliações de severidade da murcha-de-fusário foram realizadas a cada três DAI, fazendo-se uso da escala RPTS desenvolvida no primeiro experimento. A época mais adequada para avaliação da severidade da murcha-de-fusário foi aos 22 e 37 DAI, no período quente e frio do ano, respectivamente. A metodologia de inoculação que emprega corte de 1/3 do comprimento das raízes com posterior imersão na suspensão de conídios de Fop por cinco minutos foi a que melhor discriminou as linhagens. No terceiro estudo, fazendo-se uso da escala RPTS, da melhor metodologia de inoculação e época de avaliação de acordo como os experimentos anteriores, caracterizou-se fenotipicamente 197 linhagens elites de feijoeiro avaliadas nos ensaios de Valor Cultivo e Uso (VCU) em Minas Gerais, no período de 2002 a 2012 quanto à reação à murcha-de-fusário. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados com duas repetições. Cada parcela foi representada por um vaso com três plantas. Das 197 linhagens avaliadas, 29 se mostraram resistentes. Após se identificar as fontes de resistência, foi conduzido um quarto estudo, onde se visou entender o processo de infecção de Fop. Para esse fim, foram utilizadas as linhagens Manteigão Fosco 11 (resistente), VP8 (intermidiária) e Meia Noite (suscetível). Aos 43 dias após a inoculação, segmentos de caule foram observados em microscópio eletrônico de varredura. As linhagens Manteigão Fosco 11 e VP8 apresentaram material ocluindo os vasos do xilema, os quais possivelmente restrigem a colonização por Fop. A resistência de linhagens de feijão a Fop, aparentemente, também pode ser explicada pela maior compactação das células do xilema. |