Delimitação automática das Áreas de Preservação Permanente e identificação dos conflitos de uso da terra na sub-bacia hidrográfica do Rio Camapuã/Brumado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gonçalves, Andrea Brandão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3004
Resumo: Os objetivos deste estudo foram espacializar as Áreas de Preservação Permanente (APP) da sub-bacia hidrográfica do rio Camapuã/Brumado e identificar e quantificar eventuais conflitos de uso da terra. A partir de uma imagem digital do sensor ETM+/LANDSAT 7 foram mapeadas três classes de uso e ocupação da terra: Floresta Estacional Semidecidual, Cerrado e Agropecuária. A metodologia para delimitação automática das APP s, tendo como referência legal a Resolução nº 303/02 do CONAMA, permitiu a espacialização das categorias situadas no terço superior dos morros, entorno das nascentes e suas áreas de contribuição, na faixa marginal ao longo dos cursos d água, no terço superior da bacia e ao longo das linhas de cumeada e nas encostas com declividades superiores a 45o. A área total da sub-bacia hidrográfica do rio Camapuã/Brumado é de 110.711,9 ha, dos quais 12,3 % são cobertos por Floresta Estacional Semidecidual, 52,6 % por Cerrado e 35,1 % por atividades agropecuárias. As APP s corresponderam a 57,0 % da área total dessa sub-bacia, sendo a maior participação daquelas situadas no terço superior da bacia e ao longo das linhas de cumeada, com 39.624,5 ha (52,6 %) e a menor nas áreas relacionadas às encostas com declividades superiores à 45o graus, com apenas 98,1 ha (0,1 %). Do total de APP s mapeadas, 65,2 % (41.155,7 ha) estão efetivamente protegidas por formações florestais, enquanto que 34,8 % (21.939,3 ha) são afetadas pelo uso indevido. Apesar da existência de 21.939,3 ha em conflito de uso da terra, foram mapeados 30.734,3 ha de florestas em áreas passíveis de serem utilizadas pelo proprietário da terra. Tais fatos corroboram a hipótese de que a falta de conhecimento a respeito da espacialização das APP s dentro da propriedade é a principal causa do descumprimento da lei. A delimitação automática de APP s foi eficaz para mapear os limites dessas áreas, evidenciando a exata dimensão da proteção ambiental dos ecossistemas proporcionada pelo Código Florestal Brasileiro (CFB). A espacialização das APP s, viabilizando a aplicação do CFB, pode minimizar os conflitos de uso da terra e evitar a degradação dos fragmentos florestais remanescentes. Quando aplicado, o CFB proporciona, naturalmente, a formação de corredores ecológicos, criando uma rede de áreas conservadas em comunicação e minimizando os efeitos deletérios impostos às populações da fauna e flora pela fragmentação de habitats.