Caracterização morfológica e agronômica de acessos de taro [Colocasia esculenta (L.) Schott] do Banco de Germoplasma de Hortaliças da Universidade Federal de Viçosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Pereira, Francisco Hevilásio Freire
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10220
Resumo: Realizaram-se a avaliação e descrição das características morfológicas e agronômicas de 36 acessos de taro, do Banco de Germoplasma de Hortaliças da Universidade Federal de Viçosa (BGH/UFV), objetivando definir um padrão característico para cada acesso ou grupo de acessos, visando criar subsídios para programas de melhoramento genético com a cultura. O experimento foi conduzido na horta de pesquisas da Universidade Federal de Viçosa, no período de 19.09.2000 a 13.06.2001. Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados, com 36 tratamentos (acessos) e cinco repetições. A parcela foi composta de quatro fileiras espaçadas de 1,0 x 0,5 m, com quatro metros de comprimento, totalizando 32 plantas; e a área, de 16,0 m2. Para as características morfológicas foram utilizados os descritores para o taro do International Plant Genetic Resources Institute (IPGRI). Dentre as características avaliadas, as que mais contribuíram para a distinção entre os acessos pertencentes ao BGH/UFV foram: número máximo de folhas por planta, margem da lâmina foliar, modelo da nervura, cor do pecíolo (terços superior, intermediário e basal), cor do anel basal do pecíolo, cor da bainha foliar, comprimento do rizoma principal e peso médio de rizomas laterais. Já as características que menos contribuíram, por não apresentarem variação entre os acessos, foram: posição predominante da superfície do limbo foliar, cor da nervura principal, espessura da periderme do rizoma principal e uniformidade de cor das raízes. Com poucas exceções, os acessos de taro pertencentes ao BGH/UFV apresentaram crescimento vegetativo com o seguinte perfil: porte alto (superior a 100 cm), expansão horizontal da planta média (50 a 100 cm), número máximo de folhas por planta entre 4 e 5 e número de rebentos máximo por planta entre 1 e 5. A formação de inflorescência, tipo aplanada ou encapuchada, foi observada em 30,56% dos acessos. Os acessos com inflorescências do tipo aplanada, com maior exposição da espádice, podem favorecer a polinização cruzada pela ação de polinizadores, enquanto os com inflorescência do tipo encapuchada são passíveis de autopolinização. Ambos os tipos de inflorescências, aplanada e encapuchada, apresentaram constrição na espata entre as partes feminina e masculina, o que pode ter impedido a polinização e, conseqüentemente, a fecundação, contribuindo para a não- formação de sementes de maneira natural. Os acessos BGH 5916, BGH 5917, BGH 6137, BGH 6298, BGH 6307 e BGH 6308 apresentaram as maiores produtividades de rizomas comerciáveis, não diferindo do clone Japonês-BGH 5925 e superando o Chinês-BGH 5928, ambos cultivados comercialmente. Os componentes primários com maiores correlações positivas e significativas com a produtividade de rizomas comerciáveis foram peso médio de rizomas comerciáveis, número de rizomas comerciáveis por planta e produtividade de rizomas filho grande. Os acessos Japonês-BGH 5925, BGH 5916, BGH 5917, BGH 6137, BGH 6298, BGH 6307 e BGH 6308, com as maiores produtividades de rizomas comerciáveis, apresentaram rizomas de formato cilíndrico ou oblongo, que são comercialmente desejáveis.