Efeitos da aplicação de xilanase na polpa Kraft-O de eucalipto

• Ano de defesa: 2010
• Autor(a) principal: Borges, Maria Tereza
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa; BR; Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de; Mestrado em Ciência Florestal; UFV
• Palavras-chave em Português: Pré-branqueamento enzimático; Efluentes; Polpa celulósica; Enzymatic pre-bleaching; Effluent; Pulp; CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL::TECNOLOGIA E UTILIZACAO DE PRODUTOS FLORESTAIS
• Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3039

A etapa de branqueamento é responsável pelo elevado volume de efluentes de fábricas de polpa kraft branqueada. Atualmente, o uso de enzimas tem sido um atrativo econômico por reduzir o consumo de reagentes químicos, embora tenha levado ao incremento na carga orgânica dos efluentes. Esse trabalho objetivou caracterizar os filtrados e sua biotratabilidade, e avaliar características físico-químicas da polpa gerada no pré-branqueamento enzimático utilizando-se uma enzima xilanase comercial. Estudou-se o efeito do pré-branqueamento enzimático em quatro condições operacionais: dosagens de 25 e 200 g t-1 em pH 7 e 9, e a referência sem enzima. As propriedades das polpas (número kappa, alvura, ácidos hexenurônicos, teor de xilanas e perda de rendimento) e dos efluentes (DQO, DBO, cor e condutividade elétrica) foram determinadas. Realizou-se a sequência completa de branqueamento avaliando-se algumas propriedades das polpas e dos filtrados. Por fim, refinaram-se as polpas branqueadas, analisando-se as propriedades físico-mecânicas das folhas. Menor número kappa, maior alvura e menor quantidade de ácidos hexenurônicos foram obtidos para a dosagem enzimática de 200 g t-1 em pH 7, embora a perda de rendimento tenha sido maior nessa condição. Constatou-se aumento significativo da carga orgânica do filtrado com a adoção do pré-branqueamento enzimático. A biotratabilidade foi elevada para todos efluentes, apresentando remoção de DQO superior a 85%. Entretanto, tanto a DQO inicial quanto a final dos tratamentos enzimáticos foram superiores às das referências. Ao final da sequência completa de branqueamento obteve-se maior alvura e menor número kappa para as amostras submetidas ao pré-branqueamento enzimático. A dosagem de 200 g t-1 em pH 7 apresentou maior aumento na viscosidade. As polpas submetidas ao pré-branqueamento enzimático apresentaram alterações pouco pronunciadas nas propriedades físico-mecânicas do papel.