Tratabilidade dos efluentes de branqueamento de polpa kraft de eucalipto com tecnologias de hidrólise ácida/dióxido de cloro à quente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gomes, Cláudia Márcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3136
Resumo: O objetivo desse estudo foi avaliar o impacto das tecnologias D, D*, A/D* e AD no custo de branqueamento, qualidade da polpa e nas características e eficiência do tratamento dos efluentes do branqueamento ECF de polpas Kraft de eucalipto, de alta e baixa DQO, a 89-90% ISO de alvura. Duas amostras de polpa kraft de eucalipto pré-deslignificadas com oxigênio, uma bem lavada com DQO de 6,4 kg O2/t.a.s. e outra mal lavada com DQO de 25,5 kg O2/t.a.s., foram tratadas no primeiro estágio de branqueamento pelas tecnologias D, D*, A/D* e AD, e, subseqüentemente, branqueadas até 89 e 90% ISO, com as seqüências EpDD e EpD, respectivamente. Foram determinadas a branqueabilidade e a qualidade da polpa branqueada. Os efluentes do branqueamento foram caracterizados quanto aos valores de DQO, DBO5, COT AOX e cor e tratados biologicamente num sistema de lodos ativados laboratorial. A eficiência do tratamento biológico foi determinada pela remoção dos parâmetros avaliados. Chegou-se à conclusão de que a polpa de alta DQO apresenta baixa branqueabilidade em relação a de alta DQO. As polpas de alta DQO branqueadas pelas várias tecnologias apresentaram reversão de alvura cerca de 2,5 vezes maior que as de baixa DQO. As tecnologias contendo estágio ácido / dióxido de cloro em alta temperatura (D*, A/D*, AD) resultaram em polpas branqueadas com maior estabilidade de alvura, menor viscosidade, menor kappa e menor teor de HexA s que a de referência (D), tendo sido o impacto mais significativo para a polpa de alta DQO. Com relação a branqueabilidade e custos de reagentes, a única tecnologia ao estágio D0 convencional que se justifica é o estágio D*, assim mesmo para polpa de baixa DQO. A tecnologia AD é eficiente quando a lavagem da polpa é deficiente, no entanto deve ser evitada, pois requer alto custo de capital. A tecnologia A/D* não é recomendada para o branqueamento de polpa kraft de eucalipto, pois apresenta o maior custo de reagentes, para polpa de baixa e alta DQO. Os efluentes do branqueamento da polpa de alta DQO apresentaram valores de DQO, DBO5 e AOX substancialmente mais altos que os da polpa de baixa DQO, porém a tratabilidade dos dois efluentes, medida pelas percentagens de remoção desses parâmetros no tratamento biológico, foi similar entre si. A maior parte da carga orgânica e de halógenos orgânicos do efluente da polpa de baixa DQO (65-99%) é gerada no pré-branqueamento. As tecnologias D*, A/D* e AD aumentam a carga orgânica do efluente, porém é de fácil tratabilidade, apesar de maior custo de tratamento. A descarga de AOX no efluente devido a tecnologia D* é menor em relação ao D convencional, porém esse benefício desaparece no efluente tratado. Na prática, nenhuma justificativa alternativa ao estágio D se justifica para reduzir o teor de AOX no efluente. As tecnologias D*, A/D* e AD resultam em efluentes mais coloridos que o D convencional e o tratamento biológico acentua a cor do efluente.