Qualidade da madeira de eucalipto e Acacia mangium consorciadas para produção de polpa kraft branqueada
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de Mestrado em Ciência Florestal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3150 |
Resumo: | Objetivou-se com esse estudo a avaliação da qualidade da madeira de Acacia mangium cultivada no Brasil em consórcio com o híbrido Eucalyptus urophylla X Eucalyptus grandis para a produção de celulose branqueada e papel. Para tanto, avaliou-se efeitos de diferentes proporções de plantio misto, sendo totalizados quatro tratamentos caracterizados pela relação árvores de Acácia e árvores de Eucalipto plantadas no talhão. A qualidade da madeira foi analisada por meio da análise da composição química, densidade básica e parâmetros anatômicos das fibras. O desempenho na polpação kraft foi analisado com base nos rendimentos bruto e depurado, demanda de álcali e propriedades da polpa marrom. Posteriormente analisou-se a branqueabilidade da polpa, de modo que foi realizado o branqueamento ECF convencional e testou-se uma enzima comercial xilanase objetivando a redução da demanda de dióxido de cloro. Também foi avaliada a refinação e propriedades da polpa celulósica, sendo comparadas separadamente as polpas submetidas ao tratamento enzimático de branqueamento. A densidade básica, composição anatômica e química da madeira foram influenciados pelo plantio em consórcio. Os resultados mostraram que a densidade da madeira de Acácia foi significativamente inferior a madeira de Eucalipto, além disso, plantios de menor proporção de Acácia obtiveram maiores densidades básicas. A largura e diâmetro de lume das fibras foram superiores para a madeira de Acácia quando comparada ao eucalipto, sendo também observados maiores diâmetros de lume e largura de fibras para os tratamentos submetidos a um menor percentual de eucalipto plantado em consórcio. Assim como os parâmetros anatômicos das fibras, a composição química mostrou-se diferente para tratamentos de menor percentual de eucalipto, em que, maiores percentuais de hemiceluloses e menor teor de lignina foram observados nesses tratamentos. Outro fato relevante é o maior teor de extrativos e pequena relação Siringil/Guiacil da madeira de Acácia, sendo tais fatores influentes no desempenho da polpação e branqueamento. A polpação kraft dos cavacos de Acácia demandou maior percentual de álcali que o eucalipto, contudo os rendimentos não foram comprometidos, visendo observados rendimentos superiores que o eucalipto. O rendimento depurado dos tratamentos submetidos ao maior percentual de Acácia plantado obtiveram menores demandas de álcali, sem comprometer o número kappa e rendimento. O branqueamento da polpa de Acácia demandou maior quantidade de agentes químicos que a polpa de eucalipto, contudo a proporção de 50% Acácia e 50% eucalipto obteve bom desempenho no branqueamento, com consumos de químicos próximos aos obtidos para o eucalipto. O tratamento enzimático mostrou-se eficaz na redução da demanda de dióxido de cloro, em que, todos os tratamentos obtiveram reduções na demanda do agente oxidante. Contudo houve maior demanda energética no refino mecânico e a propriedade de bulk foi afetada negativamente. Além disso, o efluente do estágio enzimático apresentou maior carga orgânica e coloração. O plantio em consórcio não foi capaz de afetar significativamente as propriedades físico mecânicas da polpa, não sendo observadas diferenças entre os tratamentos. |