Estudo da variabilidade e organização de genes que codificam proteínas de superfície de cepas de Staphylococcus aureus associadas à mastite bovina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rocha, Lis Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28896
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.108
Resumo: Estudo da variabilidade e organização de genes que codificam proteínas de superfície de cepas de Staphylococcus aureus associadas à mastite bovina. Orientadora: Andréa de Oliveira Barros Ribon. Coorientador: Tiago Antônio de Oliveira Mendes. Staphylococcus aureus é um importante patógeno causador de mastite bovina em rebanhos de gado leiteiro. A doença, que acomete os quartos mamários de vacas leiteiras, é de alta prevalência, difícil tratamento, e pode evoluir para quadros mais graves afetando o bem-estar animal, e reduzindo a rentabilidade dos produtores. A doença pode se manifestar de forma clínica, com sinais inflamatórios sistêmicos visíveis, ou de forma subclínica, sem sintomas aparentes exceto pelo aumento da alta contagem de células somáticas no leite. Diversos estudos têm tentado entender os mecanismos moleculares associados pelos quais cepas de S. aureus, promovem invasão, evasão e modulação do sistema imune de seus hospedeiros. Neste trabalho, foi realizada a comparação de proteínas de superfície e secretadas de cepas de S. aureus visando identificar fatores bacterianos associados à mastite clínica ou subclínica. No Capítulo 1, análises in silico realizadas com as cepas bovinas 302, 170, 1269, 1364, (subclínicas), RF122 e N305 (clínicas) mostraram a alta similaridade em relação ao conteúdo de genes de virulência e reguladores. No entanto, vários polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) não sinônimos foram identificados, especialmente em genes que codificam proteínas envolvidas na evasão imune do hospedeiro e proteínas de superfície. Uma lipoproteína foi identificada como exclusiva de bactérias pertencentes ao grupo clínico. No Capítulo 2, bactérias coletadas em cinco estados brasileiros foram usadas para validar os achados do Capítulo 1. O gene da lipoproteína foi amplificado a partir do DNA total de 108 isolados com um par de primers complementares apenas à sequência encontrada nas cepas clínicas N305 e RF122. Os resultados mostraram um amplicon do tamanho esperado em 34/38 (89,47%) isolados de mastite clínica, e em apenas 3/34 (8,82%) isolados de mastite subclínica. No Capítulo 3, foi estudada a organização do cluster lpl, região do genoma de S. aureus onde se localiza o gene que codifica a lipoproteína identificada no Capítulo 1, visando elucidar os mecanismos com os quais uma lipoproteína de membrana pode interferir na forma como Staphylococcus aureus de manifesta como um patógeno bacteriano de grande importância internacional. Análises in silico mostraram diferenças no C-terminal da lipoproteína, região implicada na internalização bacteriana.Em resumo, este trabalho identificou que, a despeito da alta similaridade no conteúdo gênico de cepas bovinas de S. aureus, existem diferenças em lipoproteínas que podem influenciar o processo de infecção da glândula mamária. Palavras-chave: Staphylococcus aureus. Mastite bovina. Fatores de virulência. Lipoproteína. Cluster lpl.