Análises in silico das proteínas de superfície e secretadas de Staphylococcus aureus para discriminar entre as mastites bovina clínica e subclínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rocha, Lis Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28588
Resumo: Staphylococcus aureus é uma das principais bactérias causadoras da mastite bovina, uma doença predominante nos rebanhos leiteiros. A mastite bovina pode se manifestar de forma clínica, onde os sinais de inflamação são observados, ou de forma subclínica, sem sintomas aparentes, e que frequentemente evolui para a cronicidade. Os genomas de quatro isolados de S. aureus causadores de mastite bovina subclínica (170, 302, 1269, 1364) foram sequenciados por nosso grupo e foram contrastados com os genomas de duas cepas isoladas de mastite clínica (S. aureus RF122 e S. aureus N305) para identificar diferenças que pudessem ser ligadas à mastite subclínica. Não foi possível associar a presença de fatores de virulência ao tipo de manifestação. Mais genes relacionados à produção de enterotoxinas foram encontrados no genoma de S. aureus RF122. Os genes que codificam a toxina 1 da síndrome do choque tóxico (tsst-1), a variante bovina da enterotoxina C (secbov), a enterotoxina t e dois homólogos da streptolisina S de Streptococcus pyogenes foram exclusivos da cepa RF122. A presença de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genomas subclínicos foi averiguada comparando 33 genes que codificam fatores de virulência com seus ortólogos em S. aureus RF122. SNPs não sinônimos foram encontrados nos genes clfa (fator de aglutinação A), srta (sortase A) e sspa (protease). Uma proteína transportadora (cl3316) foi identificada in silico como exclusiva das cepas subclínicas. Diferentes programas de predição foram utilizados para a identificação das proteínas de superfície e secretadas das seis cepas, as quais foram usadas na construção de um plot de escala multidimensional (MDS). Os resultados mostraram alta similaridade entre as proteínas das cepas estudadas. Pela inspeção visual, identificaram-se dois grupos de ortólogos, cl3309 e cl3700, correspondentes a uma proteína hipotética e a uma lipoproteína, respectivamente, que possuem regiões de maior similaridade entre as clínicas ou subclínicas. Os dados encontrados in silico foram validados pela reação em cadeia da polimerase em isolados bacterianos coletados em fazendas leiteiras. Todos os isolados subclínicos foram corretamente identificados com os primers desenhados para as cepas subclínicas, porém existe a necessidade de redesenhar novos primers para a correta discriminação dos isolados clínicos.