Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Leandro Bicalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21762
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Resumo: |
Os estudos que se propõem a analisar os jovens têm apontado para o domínio na utilização de uma concepção naturalizada de juventude, pautada no modelo classe média urbana e uma consequente desconsideração das diversas formas de subjetivação que perpassam os distintos contextos. O caso dos jovens do campo em seu processo de transição para a cidade se apresenta como um importante elemento para se refletir sobre qual a visão que eles possuem sobre a juventude do campo, em um contexto de relação urbano/rural. É nessa relação entre cultura rural e urbana, somado a lógica da desvalorização social do modo de vida rural no discurso dominante e nos sentidos pessoais dados por estes jovens, que se configurarão suas subjetividades. Refletir sobre a visão que a juventude rural possui acerca de si mesma, interligando a relação contexto rural/urbano e processos de subjetivação, faz evocar algumas questões tais como: quais são as concepções que a juventude do campo faz acerca de si mesma? Como esses jovens se sentem percebidos pelos demais jovens que não são do campo? De que modo elas interferem na dinâmica sair/ficar no campo? Como estes jovens avaliam o seu local de origem? Diante disso, o objetivo geral deste estudo foi analisar as concepções que os jovens do campo possuem acerca de si mesmos.Fundamentou-se metodologicamente pelos preceitos da Epistemologia Qualitativa. O públicopesquisado foram jovens (15 aos 29 anos)oriundos da zona rural de Cajuri- MG, que cursam o ensino médio na cidade sede, totalizando 11 participantes. Os instrumentos utilizados foram respectivamente: grupo focal (11 jovens), entrevista semi-estruturada e mapas afetivos (8 jovens). A construção das informações foi divida em duas etapas. Na primeira buscou-secompreender a visão compartilhada sobre o tema, analisadas pela Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. Já na segunda etapa, foram selecionados três casos e utilizou-se a perspectiva dos sentidos subjetivos para apreensão do singular, analisados pela perspectiva construtivo-interpretativa de Gonzalez Rey. Como resultados, obtiveram-se, na visão compartilhada as seguintes quatro categorias: Jovem no Campo e as Limitações Locais; Juventude como Etapa de Experimentação; A Ambivalência no Projeto de Vida: Fora ou no Campo; A Desvalorização das Características do Campo. Nas singularidades constataram-se zonas de sentidos que trouxeram elementos às vezes convergentes com o plano compartilhado, como o caso de Lorena, em sua visão negativa sobre o campo; e às vezes divergente, como a de Luísa, em quenível de diferenciação da sua resposta subjetiva e da percepção elaborada pelo grupo, foi muito alto. Os resultados apontaram ainda as limitações do alcance das políticas públicas nessa realidade, o que culmina na necessidade de migração para a cidade. Espera-se que este estudo possa contribuir para se pensar em políticas públicas de valorização do espaço rural que levem em consideração tanto aspectos da estrutura física do espaço campestre, quanto às perspectivas educacionais que problematizem as questões campo/cidade. |