Impacto de inseticidas botânicos sobre Apis mellifera, Nannotrigona testaceicornis e Tetragonisca angustula (Hymenoptera: Apidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Xavier, Vânia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência entomológica; Tecnologia entomológica
Mestrado em Entomologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3878
Resumo: Os efeitos adversos dos produtos organo-sintéticos têm motivado a busca por alternativas no controle de pragas. Dentre estas, os inseticidas botânicos se apresentam como uma opção para o manejo desses organismos. Contudo, antes da escolha do inseticida botânico, alguns critérios devem ser analisados, tais como: eficiência no controle da praga e seletividade aos organismos benéficos presentes no agroecossistema. As abelhas Apis mellifera, Nannotrigona testaceicornis e Tetragonisca angustula (Hymenoptera: Apidae) são extremamente importantes na polinização de várias culturas. Entretanto, a utilização intensiva de inseticidas no controle de pragas tem ocasionado impactos negativos sobre os agentes polinizadores. Desta forma, objetivou-se com este trabalho avaliar os impactos dos inseticidas botânicos rotenona, andiroba, extrato de alho e óleos de neem, citronela e eucalipto sobre A. mellifera, N. testaceicornis e T. angustula. Para tanto, foram realizados bioensaios de toxicidade com os inseticidas botânicos extrato de alho, óleo de andiroba, óleo de citronela, óleo de eucalipto, neem e rotenona a A. mellifera, N. testaceicornis e T. angustula. Adicionalmente, testes de preferência alimentar e de comportamento de movimentação foram conduzidos com adultos dos polinizadores. O inseticida mais tóxico aos adultos de A. mellifera foi o óleo de neem. Já para larvas desse polinizador, além deste inseticida, a rotenona e o óleo de citronela também foram tóxicos. Para T. angustula o óleo de citronela foi o mais tóxico. Nenhum dos inseticidas botânicos estudados apresentou toxicidade a N. testaceicornis. Todos os inseticidas botânicos causaram repelência aos adultos de A. mellifera. No bioensaio de comportamento de movimentação, a rotenona, o óleo de eucalipto, o neem e o extrato de alho diminuíram a velocidade de A. mellifera, porém à distância percorrida e o tempo de caminhamento não foram afetados por nenhum dos inseticidas botânicos testados. Para N. testaceicornis e T. angustula os inseticidas não afetaram o comportamento de movimentação. Nossos resultados fornecem informações importantes para o manejo de pragas com o intuito de preservar os agentes polinizadores.