Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Masson, Gabrielle de Lima
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Orientador(a): |
Fernandes, Marcos Gino
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Banca de defesa: |
Mussury, Rosilda Mara
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Fonseca, Paulo Rogério Beltramin da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Agronomia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Agrárias
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/582
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Resumo: |
Os benefícios oferecidos pelas plantas Bt são inúmeros, como por exemplo serem menos impactantes ao meio ambiente do que os agroquímicos. Existe, porém, a preocupação com os possíveis efeitos nocivos a insetos não alvos, como a possibilidade de suas toxinas serem transmitidas pelo pólen e afetarem o desenvolvimento de Apis mellifera L. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do pólen de milho Bt, comparativamente com o pólen não Bt, sobre o desenvolvimento de larvas e adultos desses polinizadores. O trabalho foi realizado a partir da semeadura de duas cultivares de milho [BALU 188 RR (não Bt) e BALU 280 PRO (Bt, com toxinas Cry1A.105 e Cry2Ab2)] no ano agrícola de 2015. O pólen das plantas foi coletado durante o florescimento pleno. As abelhas (larvas e adultos) foram coletadas a partir de uma colmeia exposta próxima à lavoura de milho. Foram realizados dois bioensaios, sendo um com larvas (bioensaio 1) e outro com adultos (bioensaio 2). A manutenção das larvas em laboratório foi realizada em cúpulas de cera de abelhas feitas à mão. Já os adultos foram mantidos em recipientes de plástico, também em laboratório. Os insetos (larvas e adultos) foram mantidos em temperatura climatizada de 32±2°C e UR de 70±10%, pois essas condições estão próximas às encontradas no interior da colmeia. No bioensaio 1 foram oferecidas sete dietas (tratamentos): mel puro; dieta com 20, 40 e 80 mg de pólen de milho da cultivar BALU 188 dissolvido em 1 ml de solução de mel a 10% de água; e dieta com 20, 40 e 80 mg de pólen de milho da cultivar BALU 280 PRO dissolvido em 1 ml de solução de mel a 10% de água. No bioensaio 2 foram oferecidos os mesmos tratamentos com solução de mel e, além disso, também com pasta candi: pasta candi pura; dieta com 20, 40 e 80 mg de pólen de milho da cultivar BALU 188 dissolvido em 1 g de pasta candi; e dieta com 20, 40 e 80 mg de pólen de milho da cultivar BALU 280 PRO dissolvido em 1 g de pasta candi. A massa adquirida, a mortalidade e a sobrevivência das larvas, assim como a massa de dieta consumida e a mortalidade dos adultos, foram avaliadas diariamente durante o experimento. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com sete tratamentos e dez repetições para as larvas e quatorze tratamentos e dez repetições para os adultos. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de médias. As dosagens de pólen foram submetidas à análise de regressão. Os dados obtidos, após serem submetidos à análise estatística, permitiram concluir que a massa adquirida pelas larvas foi influenciada pela procedência do pólen (Bt e não Bt) e, para o caso do Bt, também pela dose utilizada na dieta. As larvas alimentadas com as dietas compostas por pólen Bt, exceto a de menor concentração, apresentaram menor massa adquirida que as dietas compostas por pólen não Bt. As doses de pólen Bt afetaram negativamente a aquisição de massa, segundo modelo de regressão ajustado. Já a mortalidade de larvas pode ser influenciada pela quantidade de pólen na dieta, pois quanto maior a dose utilizada maior a porcentagem obtida, independente da cultivar (Bt e não Bt). As médias das massas de dietas consumidas pelas abelhas adultas, para as compostas por mel e pasta candi, apresentaram diferença estatística significativa de acordo com a quantidade e a qualidade (Bt e não Bt) do pólen. Os adultos se alimentam mais de dietas compostas por solução de mel, quando comparado com pasta candi. Os resultados das análises de regressões nas dosagens de pólen sobre os parâmetros analisados somente foram significativos para a pasta candi com pólen não Bt, indicando efeito quadrático positivo das dosagens de pólen sobre a massa consumida. A mortalidade é mais elevada e precoce quando acontece o consumo de elevadas doses de pólen de milho, sendo os efeitos mais evidentes e severos naqueles que apresentam a tecnologia Bt. De acordo com os resultados obtidos, nota-se que o pólen Bt quando em alta concentração na dieta, afeta a massa de larvas e a mortalidade de adultos de A. mellifera. |