Óleos essenciais como redutores da excreção de amônia em juvenis de Cyprinus carpio como estratégia para manter a qualidade de água

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Tótola, Pedro Segantini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Biologia Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/32971
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.547
Resumo: A amônia é um dos principais fatores causadores de perdas, tanto em ambientes de cultivo, como durante o transporte de peixes, por causar danos em brânquias, fígado, rins e sistema nervoso, estresse oxidativo, alterações comportamentais, natação errática, convulsões e morte. Portanto, é necessária a busca por aditivos que reduzam a excreção de amônia e contribuam para a manutenção da qualidade da água. Deste modo, objetivamos avaliar a eficácia e segurança dos óleos de cravo, Syzygium aromaticum, orégano, Origanum vulgare, e melaleuca, Melaleuca alternifolia como redutores da excreção de amônia em juvenis de Cyprinus carpio, uma importante espécie ornamental comercializada no mundo todo. Foram realizados três experimentos independentes, em delineamento inteiramente casualisado com cinco tratamentos e quatro repetições. Foram avaliadas as concentrações 0; 3,75; 7,5; 11,25 e 15 mg/L de óleo de cravo; 0; 1,25; 2,5; 3,75 e 5 mg/L de óleo de orégano, e 0; 8,75; 17,5; 26,75 e 35 mg/L de óleo de melaleuca. Os peixes foram mantidos durante 24h em aquários de vidro de 20 L dotados de aeração e temperatura controlada (24,5 ± 0,46 ºC), contendo 30 peixes/aquário nos experimentos com os óleos de orégano e melaleuca, e 20 peixes/aquário no experimento com óleo de cravo. Cada aquário foi considerado uma unidade experimental. Foram avaliadas as seguintes variáveis: amônia total (AT), amônia não ionizada (ANI), taxa de excreção de amônia (TAN), oxigênio dissolvido e pH da água, bem como a glicose sanguínea dos peixes. Todas as concentrações dos óleos avaliados causaram redução de AT, ANI e TAN, contudo, as concentrações mais baixas (3,75 mg/L de óleo de cravo; 1,25 de óleo de orégano e 8,75 de óleo de melaleuca) apresentaram melhor custo/benefício por serem tão eficazes na redução da excreção de amônia quanto as concentrações mais altas, e serem menos onerosas. As concentrações mais altas de todos os óleos avaliados (11,25 e 15,0 mg/L de óleo de cravo; 2,5; 3,75 e 5,0 mg/L de óleo de orégano e 26,25 e 35,0 mg/L de óleo de melaleuca) causaram estresse nos peixes (aumento da glicemia) e, portanto, não são consideradas seguras. Dessa forma, considerando a eficácia na redução de excreção de amônia, a segurança e os custos do uso dos óleos, as concentrações recomendadas para juvenis de C. carpio são 3,75 mg/L de óleo de cravo; 1,25 de óleo de orégano e 8,75 de óleo de melaleuca. Palavras-chave: nitrogênio amoniacal; extratos vegetais; peixes ornamentais; sedação;