Proteinograma sérico e urinário de cães sadios e com doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dornelas, Lorraine Rossi Signorelli Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28563
Resumo: A doença renal crônica (DRC) é uma doença comum em cães e surge quando os rins têm sua estrutura e função afetadas, apresentando lesões irreversíveis em néfrons, ocorrendo o acúmulo sistêmico de substâncias tóxicas, o que resulta em alterações fisiopatológicas, bioquímicas e urinárias marcantes. A realização de estudos na busca por marcadores precoces e indicadores de grau e local de inflamação renal a fim de auxiliar no diagnóstico e prognóstico é de extrema relevância. O objetivo desse estudo foi avaliar o proteinograma sérico e urinário por meio da eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE) em cães sadios e com diferentes estágios de DRC, na busca por marcadores precoces que possuam valor diagnóstico e prognóstico para pacientes com DRC. Para isto, 24 amostras de sangue e urina de cães com raça, idade e sexo aleatórios, sadios e com DRC atendidos nos Hospitais Veterinários da Universidade Federal de Viçosa e da Universidade Federal de Minas Gerais foram avaliadas através de bioquímica sérica, da eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS- PAGE) e da urinálise. Os animais foram divididos em 3 grupos experimentais: grupo 1 (G1) composto por animais sadios (creatinina sérica < 1,5 mg/dL e com relação proteína:creatinina urinária < 1,0); grupo 2 (G2) composto por animais com níveis séricos de creatinina ≥ 1,5 mg/dL e com relação proteína:creatinina urinária > 1,0 e < 2,0; e grupo 3 (G3), composto por animais com níveis séricos de creatinina ≥ 1,5 mg/dL e com relação proteína:creatinina urinária ≥ 2,0. Dos 24 pacientes, 7 apresentavam os níveis séricos de creatinina dentro dos parâmetros de referência para a espécie (G1) e 17 eram azotêmicos, sendo cinco do G2 e 12 do G3. A avaliação da creatinina demonstrou diferença de G3 em relação a G1 e G2. O volume globular (VG) dos pacientes, evidenciou diferença entre G1 e G3. Em relação a eletroforese sérica, notou-se diferença entre os grupos relacionada ao complemento C3, transferrina, albumina e apolipoproteína A4. A avaliação da urina através da urinálise, possibilitou a seleção das urinas com base na ausência de sedimento urinário ativo e avaliou a densidade urinária, demonstrando diferença do G1 em relação aos G2 e G3. Na bioquímica urinária, os valores de creatinina e da relação proteína:creatinina urinária se diferenciaram entre o G1 e G3. A eletroforese urinária apresentou importante diferença na avaliação do padrão de lesão renal e no escore de lesão glomerular e tubular. Com base nos resultados encontrados pode-se confirmar que a maior casuística da rotina é de animais com maior comprometimento renal. O proteinograma sérico evidenciou uma possibilidade da apolipoproteína A4 ser um marcador da DRC. A eletroforese urinária demonstrou ser uma boa ferramenta diagnóstica e prognóstica para a DRC, demonstrando um resultado mais sensível e eficaz do que a relação proteína:creatinina urinária.