Atividade hepatoprotetora do extrato da casca de Bathysa cuspidata (A. St. Hil.) Hook. f. contra estresse oxidativo induzido pelo tetracloreto de carbono em ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Gonçalves, Reggiani Vilela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos
Doutorado em Biologia Celular e Estrutural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/280
Resumo: A Bathysa cuspidata pertencente à família Rubiaceae nativa da Mata Atlântica, é usada na medicina popular brasileira para tratamento de doenças do estômago, fígado e como cicatrizante. O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito do extrato da casca de Bathysa cuspidata (A. St. Hil.) Hook. f. sobre lesões hepáticas induzidas em ratos Wistar pelo tetracloreto de carbono (CCl4). A lesão hepática foi induzida por meio da administração intraperitoneal de CCl4, a cada 48 horas, durante 12 dias. O tratamento dos animais com extrato de B. cuspidata (EBC) foi realizado por meio de gavagem. Setenta e sete ratos foram aleatoriamente divididos em 10 grupos, com 7 animais cada, para a realização do estudo curativo e preventivo, sendo constituídos da seguinte forma: Grupos Curativo: Grupo 1: CCl4+12 (eutanasiado 12 dias após o término de administração do CCl4); Grupo 2: CCl4 (eutanasiado 24hs após a administração da última dose de CCl4); Grupo 3: CCl4+ Dimetilsulfóxido (DMSO durante 12 dias, após a aplicação do CCl4); Grupo 4: EBC (EBC 400mg/kg durante 12 dias); Grupo 5: CCl4+EBC 200mg/kg e Grupo 6: CCl4+ EBC 400mg/kg, ambos durante 12 dias. Grupos Preventivo: Grupo 1 (G1): CCl4 sem EBC; Grupo 2 (G2): DMSO+CCl4 (dimetil sulfóxido, 700&#956;l); Grupo 3(G3): EBC (somente EBC 200mg/kg durante 18 dias); Grupo 4(G4): EBC 200mg/kg + CCl4; Grupo 5(G5): EBC 400mg/kg+CCl4. Todos os animais começaram a receber o extrato seis dias antes do início da aplicação do CCl 4. Curativo: O grupo 2 apresentou redução significativa no peso final e no índice hepatossomático em relação aos demais grupos e, em relação à alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), este grupo apresentou os maiores valores no soro. EBC promoveu redução na quantidade de hidroperóxidos, malondialdeído e gotículas lipídicas no fígado quando comparado aos outros grupos. As atividades de superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) aumentaram nos grupos 5 e 6 quando comparado aos outros grupos (p<0,05). Preventivo: A concentração da enzima aspartato aminotransferase (AST) diminuiu (p<0,05) no soro dos animais que receberam o extrato e a atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) foi significativamente maior (p<0,05). Extensas áreas de necrose e gotículas lipídicas foram observadas no fígado de animais dos grupos G1 e G2. Já nos animais que receberam o extrato foi observada diminuição significativa nas áreas de gotículas lipídicas e de necrose celular (p<0,05) no tecido hepático. Os resultados confirmam o efeito hepatoprotetor da casca de B. cuspidata. Os resultados de ambos os trabalhos demonstram que o extrato da casca de B. cuspidata estimula o sistema de defesa antioxidante e reduz lesões morfológicas e funcionais no fígado de ratos Wistar expostos ao CCl4.