Potencial de híbridos e população segregante de abóbora para a produção de óleo e redução do porte da planta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Laurindo, Renata Dias Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6641
Resumo: A abóbora (Cucurbita moschata Duch.) desempenha papel importante na alimentação humana, podendo-se consumir a parte vegetativa e os frutos, inclusive suas sementes. As sementes possuem elevado valor nutritivo, devido ao alto teor proteico e oleoginoso. A presença de ácidos graxos insaturados e compostos bioativos no óleo das sementes de abóbora, o eleva a classe de alimentos funcionais. Mesmo com esse potencial, o rendimento de óleo é baixa, pois as abóboras possuem hábito de crescimento rastejante, necessitando de espaçamentos maiores, podendo uma única planta ocupar uma área de até 25m2. No entanto, quando se utiliza abóboras tipo moita, esse espaçamento pode ser reduzido para até 1m2. A alternativa para a redução do espaçamento utilizado na cultura é a introgressão do gene de nanismo (gene Bush). O objetivo com o presente estudo foi promover a caracterização e avaliação de populações híbridas e segregantes provenientes do cruzamento entre acessos de C. moschata do Banco de Germoplasma de Hortaliças da Universidade Federal de Viçosa (BGH-UFV) com potencial oleaginoso e cultivares que possuem o gene de nanismo (Bush) visando a obtenção de genótipos com elevada produtividade de óleo das sementes e com reduzida arquitetura da planta. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com três repetições. Cinco plantas dos acessos do BGH-UFV (BGH-7319 e BGH-7765), cultivares (Piramoita e Tronco Verde) e híbridos F1 (BGH-7319 x Piramoita, BGH-7319 x Tronco Verde, BGH-7765 x Tronco Verde) foram utilizadas por repetição, sendo consideradas as três plantas centrais das parcelas como úteis e trinta plantas para cada uma das três populações F 2 (‘População 1 F2’, ‘População 2 F2’, ‘População 3 F2’). Foram aplicados 28 descritores, sendo 9 relativos a fase vegetativa das plantas, 12 referentes aos frutos e 7 às sementes. Os dados experimentais foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos contrastadas com as médias das testemunhas a 5 % de probabilidade, pelo teste Dunnett. As análises foram realizadas utilizando-se o Aplicativo Computacional em Genética e Estatística GENES. Na predição do potencial das populações para obtenção de linhagens superiores, foi utilizada a metodologia de JINKS & POONI (1976). Para as características da fase vegetativa, foi observada reduzida variabilidade. O comprimento da rama aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após o transplantio não possibilitou diferenciar os genótipos do tipo moita e rastejante. O comprimento do entrenó aos 30 e 60 dias após o transplantio e o hábito de crescimento para todos os tratamentos avaliados obtiveram padrão intermediário às testemunhas tipo moita e rastejante. O híbrido BGH-7319 x Piramoita se destacou para as características prolificidade, diâmetro e comprimento da cavidade interna do fruto, diâmetro do fruto, massa e número de sementes por fruto e carotenoides totais na polpa. Dentre essas, com exceção de carotenoides totais, este híbrido superou seu genitor de melhor desempenho para todas as demais características. O híbrido BGH- 7319 x Tronco Verde, se destacou em relação às características massa média do fruto, diâmetro da cavidade interna e diâmetro do fruto, massa de sementes por fruto, massa de 100 sementes, comprimento, largura e espessura da semente. De maneira geral, para as características de semente que obtiveram diferenças significativas, este híbrido também superou o seu genitor de melhor desempenho. Mediante a metodologia de JINKS & POONI (1976), a ‘População 2 F2’ derivada do cruzamento entre os genitores BGH-7319 e Tronco Verde foi considerada a mais promissora, superando os padrões pré- estabelecidos em 53% dos descritores aplicados, dentre estes, descritores relacionados à redução do porte da planta.