Farmacocinética, atividade anti-inflamatória, antinociceptiva e antioxidante do 2-benzil- 1,3-difenil-1,3-propanodiona: um enfoque na doença inflamatória intestinal e no edema de pata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Felício, Matheus Brum
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Bioquímica Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30474
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.751
Resumo: Dada a etiologia complexa das doenças inflamatórias, o desenvolvimento de estratégias terapêuticas com diferentes mecanismos de ação se torna importantíssimo. Por isso, esse trabalho buscou determinar a farmacocinética e a atividade anti-inflamatória, antinociceptiva e antioxidante de um derivado sintético do dibenzoilmetano (DBM), o 2-benzil-1,3-difenil-1,3- propanodiona (DPBP) com enfoque na doença inflamatória intestinal e no edema de pata. A síntese do composto DPBP foi realizada por meio de uma reação de alquilação utilizando-se DBM como composto de partida. A mistura reacional foi agitada vigorosamente durante 144h, filtrada, o resíduo obtido da evaporação do solvente foi purificado em cromatografia de camada delgada e a identificação do DPBP foi realizada por ressonância magnética nuclear. A atividade farmacocinética foi avaliada pela administração do DPBP pelas vias intraperitoneal e transdérmica. A atividade anti-inflamatória foi avaliada pela indução do edema de pata com formalina e da concentração tecidual de citocinas anti-inflamatórias (IL-4 e IL-10) e pró- inflamatórias (IFN-γ), a atividade antinociceptiva foi avaliada pelo tempo que os animais passaram lambendo, sacudindo ou mordendo a pata e pelas contorções abdominais induzidas por injeção peritoneal de ácido acético. A atividade antioxidante foi avaliada pela atividade de enzimas antioxidantes como superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa s- transferase (GST), pela concentração tecidual de malondialdeído (MDA) e óxido nítrico (NO). Após a administração do DPBP por via transdérmica ou intraperitoneal foi possível detectá-lo no soro dos animais por até 12 horas e a passagem do composto pelo fígado aconteceu tardiamente quando administrado na cavidade intraperitoneal e inicialmente quando administrado pela rota transdérmica. O DPBP administrado pela via transdérmica demonstrou atividade antioxidante reduzindo a concentração tecidual de óxido nítrico no intestino delgado de animais com doença inflamatória intestinal, no entanto, não apresentou capacidade de melhorar a arquitetura intestinal destes animais. A administração por via intraperitoneal reduziu o edema de pata e o tempo que os animais passaram lambendo, sacudindo ou mordendo as patas após indução da inflamação e dor pela injeção de formalina, reduziu as contorções abdominais induzidas por ácido acético e reduziu a infiltração de células de defesa na pata dos animais. Além disso, foi capaz de aumentar a produção de citocinas anti-inflamatórias como IL-4 e IL- 10 e aumentar a atividade de enzimas de defesa antioxidante como SOD e GST. Dessa forma, os resultados apresentados levam a concluir que o DPBP possui atividade anti-inflamatória, antinociceptiva e antioxidante, o que o torna um importante candidato a fármaco para tratamento da inflamação e seus sintomas. Palavras-chave: Dibenzoilmetano. Beta-dicetonas. Inflamação. Fármacos anti-inflamatórios. Estresse oxidativo.