Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Priscila Treptow |
Orientador(a): |
Braganhol, Elizandra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10414
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Resumo: |
As nanopartículas poliméricas estão relacionadas principalmente por suas propriedades de controle da liberação e transporte de fármacos para sítios específicos, aumentando a eficácia terapêutica e reduzindo os efeitos adversos. O cetoprofeno é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) que inibe a atividade das enzimas ciclo-oxigenase e lipoxigenase. No entanto, a utilização deste fármaco pode resultar em efeitos adversos importantes. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar sistemas de base nanotecnológica preparados a partir do cetoprofeno em um modelo experimental de inflamação aguda e crônica. Foram utilizados camundongos machos C57/BL-6 que foram divididos em seis grupos: I- acetona, II- óleo de cróton (0,1 mg/μL), III- óleo de canola, IV- nanocápsula branca, V- cetoprofeno livre (10 mg/kg) e VI cetoprofeno em nanocápsulas (10 mg/kg). O processo inflamatório agudo foi realizado a partir da aplicação única de óleo de cróton na face interna das orelhas dos camundongos. Após três horas desta aplicação, os animais foram tratados com cetoprofeno livre ou nanoencapsulado (10 mg/kg). Após seis horas da ‘indução do edema os animais foram eutanasiados. O processo inflamatório crônico foi induzido pela aplicação do óleo de cróton nas orelhas de camundongos em dias alternados, a partir do 1o ao 9o dia de tratamento terapêutico e do 4o ao 11o dia para um tratamento profilático. Os animais foram tratados por via oral com cetoprofeno livre ou nanoencapsulado durante cinco dias no protocolo terapêutico e 11 dias no protocolo profilático. No protocolo crônico terapêutico foram analisados parâmetros histológicos (edema, hiperplasia da epiderme e infiltrado inflamatório) e de estresse oxidativo (espécies reativas de oxigênio (ROS) e enzimas antioxidantes (SOD, CAT, GPX e GR) e conteúdo tiólico total (SH). Para realização da curva de dose resposta, foi realizado o mesmo protocolo crônico terapêutico, aos quais foram testadas diferentes doses de cetoprofeno em nanocápsulas (2,5; 5 e 10 mg/kg). O óleo de cróton induziu edema nas orelhas dos animais em todos os protocolos, no entanto 7 após o tratamento com o anti-inflamatório cetoprofeno na forma livre e nanoencapsulado no tratamento agudo verificou-se que ambos foram capazes de reduzir o edema de orelha demonstrado pela redução de aproximadamente 24% do peso das orelhas. Além disso, no protocolo terapêutico o cetoprofeno nanoencapsulado apresentou uma resposta mais efetiva quando comparado ao fármaco na forma livre, reduzindo em 60%, 65% e 71% a espessura das orelhas nos dias 7, 8 e 9 respectivamente, quando comparado ao grupo óleo de cróton. Este resultado foi confirmado na análise histológica, onde pode-se observar uma redução da epiderme, edema e infiltrado inflamatório. O óleo de cróton alterou os parâmetros de estresse oxidativo no plasma e eritrócitos de camundongos. Entretanto, os tratamentos não causaram mudanças na produção de ROS e no índice total do sulfidrilas, mas aumentaram os parâmetros enzimáticos (SOD, CAT e GPx). Pode-se observar ainda uma melhor dose resposta na concentração de 5 mg/kg do cetoprofeno nanoencapsulado, reduzindo o edema em uma dose 50% inferior a considerada terapêutica para camundongos, o que comprova o seu efeito. Os resultados mostraram que o cetoprofeno nanoencapsulado foi mais eficiente do que na forma livre em reduzir as alterações induzidas por um modelo de inflamação. Estes dados podem ser importantes na busca de medicamentos com menores efeitos adversos para pacientes com doenças inflamatórias crônicas. |