Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Pereira, José Maurício |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10761
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Resumo: |
Foram realizados estudos para ampliar o conhecimento dos fitopatógenos Prospodium tuberculatum e Corynespora cassiicola, e possibilitar o seu uso como agentes de biocontrole de Lantana camara. Nos estudos relacionados a P. tuberculatum procurou-se elucidar o ciclo de vida do patógeno. Observações de campo num período de quatro anos mostraram a predominância de apenas dois tipos de esporos: uredosporos e teliosporos, sendo os últimos presentes geralmente durante o período de outono-inverno. Nas inoculações controladas com uredosporos, observou-se uma maior severidade da doença quando as plantas foram mantidas por 48 horas no escuro ou sujeitas a baixa temperatura. Apesar de H 2 O 2 e NaOCl não promoverem a germinação de teliosporos, esta foi obtida quando os esporos foram mantidos a 15 o C em ágar-água por pelo menos 24 horas. Diferentes ensaios de inoculação com basidiosporos do fungo foram conduzidos sem resultar em infecção. Eciosporos de Aecidium lantanae, uma espécie na qual apenas o estádio aecídico é conhecido, não foram infectivos quando inoculados em biótipos de L. camara. A comparação molecular, para estudar a possível conexão entre A. lantanae e P. tuberculatum, utilizando-se o par de primers ITS1 e ITS4, demonstrou serem estas espécies distintas. As basídias de P. tuberculatum, observadas após técnica de coloração apresentaram tamanho, forma e número de núcleos variáveis. Baseado nas evidências obtidas e na informação já disponível na literatura científica considerou-se como que P. tuberculatum é provavelmente uma ferrugem autoécia com ciclo de vida reduzido. Considerando-se também a elevada especificidade demonstrada com inoculações de uredosporos, em testes anteriores, concluiu- se que os riscos desta ferrugem vir a infectar outras plantas que não L. camara após sua introdução em outros países como agente de biocontrole seria pequeno. Sua introdução na Austrália está em andamento. Corynespora cassiicola, um fungo mitospórico encontrado pela primeira vez no Brasil associado à L. camara, foi estudado isoladamente e em associação com L. camara. Inoculações em diversos hospedeiros demonstraram uma elevada especificidade de C. cassiicola isolado de lantana (C.c.l.), restrita a determinados biótipos de lantana. Determinou-se que as melhores condições, entre as testadas, para promover a esporulação de C.c.l., foram com crescimento em meio de cultura CVA, mantido sob luz contínua durante 15 dias, a uma temperatura entre 20 e 28 o C, com um ótimo de 23 o C. A concentração mínima do inóculo para provocar doença foi de 1 x 10 5 conídios/ml. Quando expostas a um mínimo de seis horas de molhamento foliar as plantas de lantana inoculadas com C.c.l. apresentaram 100% de severidade da doença e mais de 70% de desfolha. Havendo até seis horas de atraso no molhamento foliar, após a inoculação, observou-se não haver prejuízo para a severidade da doença. Plantas inoculadas por duas vezes consecutivas apresentaram maior severidade nos sintomas e dificuldade no desenvolvimento, podendo chegar à morte. Foi demonstrada a presença de substância fitotóxica no filtrado derivado de conídios germinados do fungo. O fungo esporulou bem em diversos substratos sólidos, em especial grãos de arroz, sorgo e raiz de mandioca, facilitando a sua produção massal. Concluiu- se que C.c.l. possui um grande potencial para ser utilizado como agente de biocontrole de determinados biótipos de L. camara. |