Anatomia e aspectos ecológicos de espécies vegetais ocorrentes na Restinga do Parque Estadual Paulo César Vinha (ES)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Kuster, Vinícius Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática
Mestrado em Botânica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2521
Resumo: Restinga é um ecossistema associado à Mata Atlântica, com as espécies próximas ao mar adaptadas a condições climáticas e edáficas adversas. Dentre os estudos atuais, a folha é o órgão mais utilizado para o entendimento das relações morfoanatômicas dos indivíduos com o ambiente, sendo incipientes os trabalhos sobre caules e raízes. Desta forma, o objetivo foi caracterizar a morfoanatomia de raízes adventícias e caules de Blutaparon portulacoides (A. St.-Hil.) Mears (Amaranthaceae), Canavalia rosea (Sw.) Dc. (Fabaceae), Ipomoea pes-caprae (L.) Stweet (Convolvulaceae), Remirea maritima Aubl. (Cyperaceae) e Scaevola plumieri (L.) Vahl. (Goodeniaceae) ocorrentes na formação Halófila-Psamófila Reptante do Parque Estadual Paulo César Vinha, relacionando com parâmetros ambientais; descrever as estruturas secretoras e identificar as classes de metabólitos secundários presentes no secretado das folhas de Ipomoea pes-caprae e Ipomoea imperati. Foram realizadas coletas de solo e medições microambientais. Para avaliações anatômicas, raízes, caules e folhas de diferentes regiões foram coletados, e processados segundo técnicas usuais em anatomia vegetal. O solo apresentou-se pobre em nutrientes e em matéria orgânica. Os dados microambientais demonstraram que as plantas herbáceas estão sujeitas a velocidade do vento, umidade relativa do ar e evaporação similares às da espécie subarbustiva. Em relação à morfoanatomia, as espécies apresentaram estratégias adaptativas distintas, com destaque para presença de estolões ou rizomas, tecido aquífero e aerênquima nas raízes e reserva de amido tanto no caule quanto na raiz. Em Ipomoea pes-caprae e Ipomoea imperati, foram descritas, na lâmina foliar, tricomas mucilaginosos e laticíferos; e em I. pes-caprae, nectários no pecíolo. As estruturas morfoanatômicas encontradas nos caules, raízes e folhas das espécies estudadas foram características marcantes que possibilitaram a sobrevivência e competitividade dessas espécies na formação Halófila-psamófila Reptante, uma vez que fornecem capacidade adaptativa à alta temperatura, vento forte, alta salinidade, falta de nutrientes, dentre outros.