Uso de probiótico em rações de frangos de corte: desempenho, digestibilidade e energia metabolizável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Carla Rodrigues da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5570
Resumo: Dois ensaios foram conduzidos no setor de avicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, com o objetivo de determinar o desempenho de frangos de corte (Experimento I) e a digestibilidade de nutrientes e os valores energéticos de rações para aves (Experimento II). Nestes experimentos, determinaram-se o desempenho de frangos de corte, a digestibilidade ileal de nutrientes e os valores de energia metabolizável aparente (EMA) e aparente corrigida (EMAn), de rações formuladas com dois níveis de energia, suplementadas ou não com o probiótico Gallipro® (Bacillus subtillis - 8 x 105UFC/g). No experimento I utilizou-se 800 pintos de corte da linhagem Ross, de 01 a 41 dias de idade, distribuídos em quatro tratamentos e oito repetições de 25 aves, e no experimento II utilizou-se 160 pintos de corte distribuídos em quatro tratamentos com oito repetições de 5 aves. Em ambos os experimentos utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial 2 x 2 sendo dois níveis de energia metabolizável e adição ou não de probiótico. Os tratamentos foram: T1(C) = Controle positivo; T2(C+Gal) = T1 + Gallipro® ; T3(CN) = Controle Negativo; T4(CN+Gal) = T3 + Gallipro® . As dietas foram formuladas de acordo com os níveis nutricionais de cada tratamento, segundo as exigências preconizadas por Rostagno et al. (2005), exceto para os tratamentos T3 e T4 que continham 96% da exigência de energia metabolizável (EM). Os tratamentos suplementados com o probiótico receberam inclusão de 500g/ton de Gallipro®. As aves foram desafiadas sanitariamente aos 7, 14, 20, 28 e 35 dias de idade com o fornecimento em bebedouros tipo copo de pressão de uma solução contendo cama reutilizada e água na proporção de 15g/L, respectivamente. As mesmas permaneceram alojadas em boxes com cama de maravalha reutilizada e sem prévia desinfecção das instalações durante todo o período experimental. Os parâmetros de desempenho avaliados foram: ganho de peso (GP), consumo de ração (CR), conversão alimentar (CA) e índice de eficiência produtiva (IEP). Não houve interação significativa entre os níveis energéticos e a adição ou não de probiótico sobre as variáveis estudadas. Verificou-se que, no período de 1 a 41 dias de idade, a suplementação de Gallipro® às dietas (P<0,05), independente do nível energético proporcionou melhor CA (-1,81%), não afetando os demais parâmetros avaliados. O CR e a CA foram afetados pelo nível de energia da dieta, sendo melhores para o nível de 100% da EM em 2,17% e 3,48%, respectivamente. No ensaio de digestibilidade foi utilizado o método de coleta total de excretas e o método de coleta ileal, usando o óxido crômico como indicador fecal. No período de 21 a 31 dias de idade, as aves foram alojadas em baterias, sendo cinco dias de adaptação e cinco dias de coleta total de excretas. Aos 31 dias de idade, todas as aves foram abatidas para obtenção da digesta do íleo terminal. Foram determinados os valores dos coeficientes de digestibilidade ileal da matéria seca (CDMS) e da proteína bruta (CDPB); os valores de retenção de nitrogênio (RN), EMA e EMAn. A adição de Gallipro® nas dietas experimentais melhorou (P<0,05) o CDPB em 3,13%. Os valores energéticos das dietas suplementadas com Gallipro® aumentaram (P<0,05) em média 92 kcal/kg ou 2,7% quando comparados às dietas sem suplementação. A RN pelas aves nos tratamentos com Gallipro® foi melhorada (P<0,05) em 3,1%. O CDMS não foi influenciado pelos fatores estudados. Os valores obtidos de EMAn das rações confirmaram a diferença entre os níveis de 100% da EM e 96% da EM. Conclui-se que a suplementação de Gallipro® na dieta proporciona melhor conversão alimentar das aves e aumento da digestibilidade da proteína da ração, enquanto o maior nível de energia proporciona melhor desempenho das aves apesar de não haver influencia sobre as características de digestibilidade estudadas.