Desenvolvimento e reprodução do predador Podisus nigrispinus (Het.: Pentatomidae) em plantas de soja com os fungicidas epoxiconazole + piraclostrobina, tetraconazole ou tebuconazole

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Lacerda, Mabio Chrisley
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Mestrado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4659
Resumo: O percevejo predador Podisus nigrispinus (Dallas) (Heteroptera: Pentatomidae) destaca-se entre os agentes de controle biológico encontrados na cultura da soja. O uso de agrotóxicos pode reduzir a diversidade faunística e aumentar a suscetibilidade dessa cultura ao ataque de pragas. Assim, o objetivo desse trabalho foi verificar o efeito de fungicidas, comumente utilizados na cultura da soja, nos parâmetros reprodutivos de P. nigrispinus. Os tratamentos constaram da testemunha com apenas água e espalhante adesivo (tratamento T1); plantas tratadas com o fungicida epoxiconazole + piraclostrobina (Opera®) (tratamento T2); tetraconazole (Domark®) (tratamento T3); tebuconazole (Folicur®) (tratamento T4); e rotação desses produtos (Opera®/Domark®/Folicur®/Opera®) (tratamento T5). Plantas de soja foram imersas por cinco segundos na calda fungicida na dosagem recomendada pelo fabricante. Ninfas de segundo estádio de P. nigrispinus foram levadas a campo e acondicionadas em sacos de tecido organza envolvendo uma folha trifoliolada de soja, duas horas após o tratamento com a calda fungicida. Setenta e cinco por cento ou mais dos ovos de P. nigrispinus foram colocados até o 37º dia da emergência de suas fêmeas. O número de ovos e de ninfas por fêmea e de ninfas por postura foram maiores no tratamento com tebuconazole em relação ao com tetraconazole. O pico de oviposição de P. nigrispinus ocorreu entre os 20º e 30º dias (60% dos ovos colocados) em todos os tratamentos. A razão finita (λ) e a infinitesimal (rm) de aumento populacional tiveram maiores valores na testemunha, porém P. nigrispinus mostrou crescimento populacional em todos os tratamentos. O período para a população desse predador dobrar em número de indivíduos (TD) foi maior nos tratamentos com os fungicidas epoxiconazole + piraclostrobina, tebuconazole e a rotação de produtos que na testemunha e no tratamento com tetraconazole. A taxa líquida de reprodução (Ro) foi menor na testemunha e no tratamento com o tetraconazole que naquele com o tebuconazole. Os fungicidas foram compatíveis com P. nigrispinus, o que indica que esses produtos podem ser utilizados em programas de controle biológico na cultura da soja com esse predador. No entanto, o tebuconazole apresentou melhores resultados e pode estimular o aumento populacional de P. nigrispinus.