Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Brenda Kelly Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27477
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Resumo: |
As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo. Apesar disso, ainda são escassos os estudos que avaliaram a relação entre padrões alimentares, fatores de risco cardiometabólico, características sociodemográficas e do estilo de vida em populações com risco. O objetivo deste estudo foi identificar os padrões alimentares a priori e a posteriori e sua associação com marcadores do risco cardiometabólico e características sociodemográficas, em indivíduos atendidos no Programa de Atenção à Saúde Cardiovascular – PROCARDIO-UFV. Neste estudo transversal foram incluídos 265 indivíduos (n=123 homens/ 172 mulheres, idade 42 ± 16 anos) atendidos no PROCARDIO-UFV. Para estimar o consumo alimentar e a composição dos alimentos foi aplicado um recordatório 24 horas cujas informações foram analisadas no Software DietPro (versão 5.5i). Para análise a priori do padrão alimentar foi calculado o Índice de Alimentação Saudável Revisado (IAS-R). Para análise a posteriori foi utilizada a análise de componentes principais (ACP). Os dados antropométricos, bioquímicos, sociodemográficos e do estilo de vida foram coletados mediante análise de prontuários. Como resultados, a média do IAS-R foi 69,4 ± 10,6 pontos, classificando a qualidade da dieta como “precisa melhorar”. Os componentes “Cereais Integrais”, “Sódio”, “Leite e Derivados” e “Frutas Totais” foram os que apresentaram menor pontuação. Indivíduos do sexo feminino, idosos, com menor nível de escolaridade, casados ou em união estável e que bebem eventualmente apresentaram melhor qualidade da dieta (IAS-R >70,8 pontos). Aqueles com maior IAS-R (>70,8 pontos) tiveram menor ocorrência de obesidade abdominal e alta razão TG/HDL. Ainda, a menor ingestão de calorias vazias (< 10% das calorias provenientes do álcool, açúcar e gorduras sólidas) e Ácidos Graxos Saturados (< 7% do valor calórico total) foi associada à menor ocorrência de excesso de peso (IMC > 25 kg/m2 para adultos e >28 kg/m2 para idosos) e obesidade abdominal (PC > 80 e 90 cm para mulheres e homens, respectivamente). Pela ACP, cinco padrões foram identificados: “Tradicional”, “Calórico”, “Massas”, “Saudável” e “Lanches Saudáveis”, explicando 39,7% da variância dos dados. Indivíduos do sexo masculino, com mais de 30 anos, hipertensos e diabéticos, casados ou em união estável, com menor escolaridade, fumantes e que não consumiam bebidas alcóolicas, tiveram maior adesão padrão alimentar “Tradicional”, composto por alimentos típicos do hábito alimentar brasileiro (arroz e tubérculos, feijões, óleos vegetais, hortaliças não folhosas, carnes, peixes e ovos – grelhados, cozidos ou assados). No padrão “Saudável”, a maior adesão foi observada por indivíduos do sexo feminino, com menos de 30 ou mais de 60 anos, estudantes, solteiros, separados ou viúvos, com maior escolaridade, praticantes de atividade física e eutróficos. Este padrão foi constituído por alimentos que se assemelham a outros reconhecidos padrões saudáveis (alimentos integrais, oleaginosas, frutas e sucos naturais, leite, queijos e bebidas lácteas). Os padrões “Tradicional” e “Saudável” foram associados à menor ocorrência do relato de dislipidemia, diabetes e hipertensão. Em conclusão, os achados do presente estudo reforçam que o consumo alimentar não saudável esteve associado ao maior risco cardiometabólico (excesso de peso, obesidade abdominal, diabetes, hipertensão e dislipidemias) bem como a características sociodemográficas e do estilo de vida (sexo, idade, escolaridade, horas de sono, etilismo, tabagismo e estado civil) devem ser consideradas nas estratégias de educação nutricional em populações com risco. |